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Enviar fotos e vídeos sensuais é normal para 60% dos adolescentes

17 out 2013 - 19h41
(atualizado às 19h46)
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<p>Metade dos adolescentes afirma já ter recebido uma foto ou vídeo, enquanto 40% já tiraram fotos deles mesmos</p>
Metade dos adolescentes afirma já ter recebido uma foto ou vídeo, enquanto 40% já tiraram fotos deles mesmos
Foto: Getty Images

Mais da metade das adolescentes já foi convidada a fazer autorretratos insinuantes em seus celulares, de acordo com uma nova pesquisa que mostrou o quanto a prática do “sexting” vem ameaçando as escolas. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail. 

A pesquisa, com cerca de 500 adolescentes com idades entre 13 e 18 anos, mostrou que 60% já foram convidados a mandar fotos e vídeos sexuais. Entre os que já enviaram fotos deles mesmos, um terço disse que as enviou para alguém que conheceu na Internet. A prática da troca de imagens sexuais é agora algo “muito normal” entre os jovens, conforme mostra o levantamento, sendo que mais da metade deles afirma já ter recebido uma foto ou vídeo, enquanto 40% já tiraram fotos deles mesmos. Além disso, a pesquisa mostrou que 60,1% dos jovens já foram convidados a mandar mensagens de texto com conteúdo sexual, enquanto 38,3% já criaram uma.

A maioria envia este tipo de mensagem para namorados e namoradas, mas outros também compartilham com amigos próximos. Cerca de 32,3% afirmaram que mandaram para alguém que só conhecem online, mas nunca encontraram “vida real”; e 15,3% já enviaram uma foto para alguém completamente desconhecido.

O mais preocupante é que muitas das pessoas pesquisadas pela organização ChildLine se sentem felizes em compartilhar fotos delas mesmas  com estranhos. Além de serem compartilhadas entre eles, as fotos também geralmente são postadas em redes como Facebook, Instagram e Snapchat.

A ChildLine alerta que os jovens estão correndo enormes riscos ao tirarem e enviarem imagens sexuais. Além disso, a organização ressalta que algumas pessoas já se viram à beira do suicídio depois que viram suas imagens sendo amplamente compartilhadas.

Peter Liver, diretor do ChildLine, disse que o crescimento do sexting na sala de aula está relacionado, em partes, com a disponibilidade de pornografia online. “O compartilhamento destas imagens não necessariamente acontece de maneira isolada. Ele pode estar relacionado a outros problemas de Internet, como o cyberbullying, e a partir das influências de celebridades e do fácil acesso online à pornografia”, observou.

Ele acredita que este comportamento não é apenas um modismo, uma vez que a tecnologia está cada vez mais disponível aos jovens. Para lidar com o problema, a organização está trabalhando em parceria com a Internet Watch Foundation, para que os jovens possam ter um ponto de contato para garantir que as fotos deles podem ser tiradas do ar.

E além disso eles lançaram um novo aplicativo, o Zipit, que oferece dicas sobre como se envolver em um bate-papo seguro e o que um adolescente pode fazer quando se sente ameaçado ou se a imagem se tornar pública.

James, 17, um dos entrevistados, disse que ainda aprova a prática do sexting independentemente dos riscos. “Definitivamente existem riscos. Alguém viu uma mensagem em vídeo que eu mandei para uma antiga namorada, tirou um ‘print’ e postou. Me chamam de pervertido e muitas pessoas que eu conheço viram isso. Eu fiquei completamente devastado, para ser honesto, quase à beira do suicídio". Susie Hargreaves, chefe-executiva da Internet Watch Foundation, lamentou os resultados. "Nós, infelizmente, comprovamos um aumento acentuado no teor sexual dos jovens”.

Fonte: Terra
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