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Heroínas, cachorro, androginia e vampiros fecham SPFW

Último dia de desfiles teve estilo gótico, couro, Colcci com "novas Giseles" e até um cachorro na passarela

24 out 2015 - 12h45
(atualizado às 12h47)
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E termina a 40ª edição do São Paulo Fashion Week. Com Colcci no último dia e a ausência de Gisele Bündchen. Mas a grife deu seu recado ao trazer modelos que estão despontando no cenário internacional e que podem, um dia, chegar a ser quase uma Gisele, como Waleska e Thairine Garcia. Na plateia, sim, um time de peso: Joaquim Lopes, Maria Gadu, Daniel Rocha, Giovanna Ewbank e Larissa Dias.

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O dia começou com um desfile intimista numa galeria de arte no Jardim Europa, com Giuliana Romanno e terminou com vampiros e andróginos proposto por Amapô. No meio disso, teve o couro de Patricia Viera, que ganhou o título de professora Honoris Causa da Faculdade de Belas Artes, além da estreia da grife Ratier, que levou até cachorro à passarela e do desfile inspirado no rock glam de Wagner Kallieno.

Heroína   

Giuliana Romanno fez quatro apresentações para acolher seu público na minimalista sala de concreto da galeria Rebieh. A heroína Astrid, de Como Treinar Seu Dragão, serviu de fio condutor para a coleção recheada de detalhes delicados, como as faixas longas que saem das camisas, vestidos e casacos e dão movimento ao look.

Têm amarrações, tramas largas, que deixam partes do corpo à mostra, como pernas e colo. Correntes, ilhoses, cadarços. Não estão lá à toa, pois servem para amarrar e transformar a peça. No material de divulgação, a estilista escreveu que as palavras "utilitário, maleável, portátil e táctil" foram as que a guiaram para a construção da coleção. 

Desfile da Giuliana Romanno no sexto dia de São Paulo Fashion Week
Desfile da Giuliana Romanno no sexto dia de São Paulo Fashion Week
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press

Couro e título

Especialista em couro, a estilista carioca Patrícia Viera apresentou sua coleção inspirada no deserto do Atacama no Chile, no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Após o desfile recebeu o título de professora Honoris Causa da instituição, onde ministra aulas para alunos de Moda, com Marília Gabriela lembrando a trajetória da estilista.

A coleção trouxe as cores da região para onde a estilista viajou e buscou inspiração: ouro, areia, azul do céu da região, além das tapeçarias chilenas. As estampas listradas foram pintadas à mão por Klaucia Badaró. As roupas vinham também com signos dos zodíacos, pintados e bordados, criados  pela ilustradora carioca Clara Veiga. Calças flare, de alfaiataria, peças vazadas (tendência de inverno) vinham em couro metalizado ou com as cores da coleção e também na mistura de lã e couro.

A coleção de Patricia Viera para o inverno 2016 trouxe as cores do deserto do Atacama, para onde ela viajou e buscou inspiração: ouro, areia, azul do céu da região, além das tapeçarias chilenas
A coleção de Patricia Viera para o inverno 2016 trouxe as cores do deserto do Atacama, para onde ela viajou e buscou inspiração: ouro, areia, azul do céu da região, além das tapeçarias chilenas
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press

David Bowie

O estilista potiguar Wagner Kalieno se apresentou mantendo a toada sexy, com pouco pano, para meninas que gostam de vestidos curtos e pele à mostra. Desta vez, foi pelo caminho do movimento rock glam dos anos 60, com peças retas, curtinhas, em tons de preto, camelo, vermelho, branco, azul. Dentro deste universo, peles e metalizados que remetem a David Bowie aprecem em vestidos inteiros e detalhes. Feitos em vinil texturizado, davam brilho à coleção.

Wagner Kallielo aposta em estilo glam rock e em brilho metálico para sua coleção de inverno 2016
Wagner Kallielo aposta em estilo glam rock e em brilho metálico para sua coleção de inverno 2016
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press

Estreia de peso

A grife Ratier, de Renato Ratier, dono da casa noturna The Edge, foi lançada em dezembro de 2014, e estreou no SPFW mandando muito bem.  A roupa que faz é basicamente escura, preta, para garotos e garotas que preferem se vestir de forma arrojada, descolada sem estar presas a modismos. Mas tem branco também, como a jaqueta e calça de couro desfilada por um modelo ao lado de um cão branco, e vermelhos.

O resultado são roupas desconstruídas, com barras rasgadas, silhuetas compridas para ambos os sexos, amarradas, sobrepostas, assimétricas, numa imagem de guerreiros e guerreiras medievais ou atuais.

A grife Ratier contou com a ilustre presença de um lindo cão na passarela
A grife Ratier contou com a ilustre presença de um lindo cão na passarela
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press

Novas Giseles

Sai Gisele Bündchen, entram as novas apostas brasileiras para as passarelas internacionais. A Colcci deu o recado e colocou Walesca (recordista nos desfiles de fora no começo deste ano) para abrir seu inverno 2016, e Thairine Garcia para fechar. A ruiva Danni Witt, Angélica Erthal, além de Daiane Conterato e Aline Weber, também foram escolhidas para pisar a passarela da marca.

A veterana Angélica Erthal foi um dos destaques da Colcci
A veterana Angélica Erthal foi um dos destaques da Colcci
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press

O jeanswear, carro-chefe da marca, surgiu logo no começo, com vestidos em linha A, casacos, jardineiras, ora com conjunto de pantacourts e casaco preso com cinto, como o que Walesca usou. A inspiração dos estilistas Jeziel Moraes (masculino) e Adriana Zucco (feminino) veio dos desertos de Gobi e Namíbia. A modelagem é geométrica, curta, com botas de cano alto ou baixo.

Colcci se inspira em desertos de Gobi e Namíbia com modelagem geométrica, curta e botas de cano alto ou baixo para a temporada Inverno 2016 do SPFW
Colcci se inspira em desertos de Gobi e Namíbia com modelagem geométrica, curta e botas de cano alto ou baixo para a temporada Inverno 2016 do SPFW
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press

Vampiros

Elas já colocaram sertanejos e axé na passarela, as estilistas Carolina Gold e Pitty Taliani, da Amapô, escaladas para encerrar a 40ª edição do SPFW, levaram um legião de vampiros, góticos e andróginos para mostrar sua coleção de inverno 2016. Com muito veludo preto e vermelho, a grife surpreendeu a plateia, com uma passarela vermelha e cruzes espetadas no fundo.

Seres da noite, literalmente, fizeram parte do casting, formado por nomes conhecidos no cenário noturno paulista: a DJ Marina Dias; o designer de acessórios Christopher Alexander; a hostess Melissa Depeyre; o modelo andrógino Goan Fragoso e outros que fogem do padrão fashion beauty. 

Os "seres da noite" inspiraram a grife Amapô
Os "seres da noite" inspiraram a grife Amapô
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press
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Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
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