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Proenza Schouler celebra moda norte-americana em seu retorno a NY

Depois de duas temporadas em Paris, marca abandona decorativismo e faz coleção focada em denim

11 set 2018 - 13h08
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Depois de duas temporadas em Paris, a Proenza Schouler dos estilistas Lazaro Hernandez e Jack McCollough está de volta à Semana de Moda de Nova York - e enfaticamente de volta. Com sua coleção revelada na segunda, 10, foram todo americanos em espírito: denim, denim e mais denim, com quase nenhuma decoração - nada de bordados, plumas ou lantejoulas. E apesar de o tecido ter vindo do Japão, a coleção foi inteiramente feita nos Estados Unidos.

"Em Paris você meio que se dedica a todos esses bordados e trabalho com plumas e acaba confiando tudo a essas técnicas", diz Hernandez. "Ao voltar a Nova York (pensamos): Por que não fazemos essa coleção inteira em um único tecido? E se esse único tecido for denim, o que poderíamos fazer com isso? Realmente limitamos o escopo de materiais de maneira radical."

A nova coleção da marca traz vestidos jeans volumosos, jaquetas e saias, com as últimas quase sempre cobrindo botas de cano alto. No lugar das técnicas decorativas, havia tie-dye e lavagens com ácido. Entre os acessórios, bandanas usadas como lenços ao redor do pescoço ao estilo Western e bolsas tão grandes que pareciam poder conter outro ser humano em seu interior.

Nessa estação, a dupla colaborou com a escultora radicada em Berlim Isa Genzken - "uma das nossas ídolas", explica Hernandez - para inspiração. Quando os convidados chegavam para o desfile na região central de Manhattan, eles eram recebidos por uma grande instalação da alemã com manequins vestidos em peças da Proenza.

Apesar de estar feliz com a volta a Nova York, a dupla não descarta a possibilidade de mostrar coleções novamente em Paris ou em outro lugar. "A beleza do mundo em que vivemos é que as coisas estão mais fluidas", declara McCoullough. "Especialmente para uma empresa como a nossa. Somos uma companhia independente. Não temos que seguir nenhum calendário, podemos saltar por aí, experimentar coisas. Aprendemos muito em Paris, coisas boas e ruins, e você meio que evolui a partir disso, deixando as coisas que não serviram para trás e mantendo as novas."

Uma das vantagens do estilo menos "empetecado" desse verão 2019 da grife é que alguns itens têm preços mais acessíveis do que algumas das peças mais elaboradas em termos de decoração. Uma das peças mais vendidas de uma coleção recente era um vestido de mangas longas com efeito tie-dye, com preço menor do que peças mais decoradas, que ganharam mais atenção e foram mais fotografadas. "Isso nos fez pensar as roupas de outra maneira", diz McCollough. "Talvez nem todo precise ser tão cheio de decoração. Nem tudo precisa custar 12 mil dólares (cerca de R$ 50 mil)."

Estadão
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