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Oscar 2021: figurinos de época e fantasia lideram indicações

15 mar 2021 - 17h03
(atualizado às 17h09)
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Mais uma vez o Oscar 2021 privilegiou os filmes de época e de fantasia para escolher os indicados a Melhor Figurino. Marcada para o dia 25 de abril, a 93ª edição da premiação optou por valorizar a pesquisa histórica e a elaboração das peças, levando o espectador a, como sempre, voltar ao tempo.

Anya Taylor-Joy como Emma
Anya Taylor-Joy como Emma
Foto: Reprodução/Instagram/@emmafilm / Elas no Tapete Vermelho

"Emma", "A Voz Suprema do Blues" e "Mank" são filmes que se passam em três épocas distintas. O primeiro, com a sensação do momento, a atriz Anya Taylor-Joy (da minissérie "O Gambito da Rainha", Netflix), se passa nos anos 1800. Dos anos 1920, vem a história e o figurino impecável de "A Voz Suprema do Blues", com a perfeita Viola Davis no papel da cantora Ma Rainey. E "Mank", entre os anos 1930 e 1940, época que respirava glamour do cinema americano.

Filmes indicados a Melhor Figurino do Oscar 2021 (Fotos: Reprodução/Instagtam)
Filmes indicados a Melhor Figurino do Oscar 2021 (Fotos: Reprodução/Instagtam)
Foto: Elas no Tapete Vermelho

Na fantasia, correm por fora, mas com grandes chances de ganhar "Mulan", uma nova versão da animação de 1998, da Disney.  E por fim, o simpático boneco de madeira mentiroso "Pinóquio", no filme que traz Roberto Benigni como Geppetto. Confira alguns detalhes dos filmes.

Emma

"Emma" foi escrito pela autora inglesa Jane Austen no início dos anos 1800, começo do século 19. Vivida por Anya Taylor-Joy, que não foi indicada como Melhor Atriz, a personagem é uma jovem bem-intencionada, mas egoísta, cujo passatempo predileto é se intrometer na vida amorosa de seus amigos. A história já teve várias versões no cinema e TV, incluindo "As Patricinhas de Beverly Hills".

No filme, a luz e a atmosfera vêm em tons adocicados, que se estendem para as roupas. O figurino de época leva a assinatura de Alexandra Byrne, vencedora do Oscar por "Elizabeth: A Era de Ouro" (2007).

A Voz Suprema do Blues

O figurino dos anos 1920, quando as mulheres já não eram presas a espartilhos nem a roupas que deviam cobrir os pés, é trabalhado magnificamente no filme estrelado por Viola Davis, indicada como Melhor Atriz merecidamente. Os vestidos usados pela cantora, que realmente existiu e é considerada "mãe do blues", complementam a atmosfera do filme de forma irrepreensível. O figurino é assinado por Ann Roth, de 89 anos.

O filme é adaptado de uma peça de teatro que retrata a irascível Ma Rainey durante a gravação de uma música, quando aumentam as tensões entre a cantora e seu ambicioso trompetista, vivido por Chadwick Boseman, em seu último trabalho antes de morrer.

Mank

"Mank" retrata o roteirista  Herman J. Mankiewicz, durante seu processo de criação do filme "Cidadão Kane", filme de estreia de Orson Welles, que tinha então 25 anos. A história se passa entre os anos 1930 e começo dos anos 1940. Dirigido por David Fincher e estrelado por Gary Oldman, Amanda Seyfried e Lily Collins, o filme tem como figurinista Trish Summervilleque teve sua primeira indicação ao Oscar.

Em preto e branco, o filme, que teve 10 indicações ao Oscar 2021, mostra tanto o roteirista com suas roupas relaxadas, ternos largos com paletó aberto, até a sofisticação de vestidos, com peles e brilhos da personagem Marion Davies, uma atriz vivida por Amanda Seyfriend, e as roupas mais comportadas da secretária Rita Alexander (Lily Colins).

Mulan

A versão atual de Mulan, cujo desenho foi sucesso absoluto de bilheteria no fim dos anos 1990, traz a adaptação com pessoas de carne e osso, da lenda chinesa de uma menina que vira guerreira, se veste de homem, para salvar o Império Chinês e honrar sua família. Com a cor vermelha dominando as cenas do filme e uniformes de lutadores, o figurino vem para enaltecer o papel da heroína, tão em alta atualmente. O primeiro texto escrito sobre a lenda remonta às dinastias do norte da China, entre 386 e 581 d.C.

A protagonista é vivida pela atriz chinesa Yifei Liu e o figurino é assinado por Bina Daigeler. O filme é dirigido pela australiana Niki Caro.

Pinóquio

Roberto Benigni vive Gepetto, artesão que esculpe Pinóquio. Muito marrom e a indefectível roupa vermelha do boneco de madeira que vira menino e vê seu nariz crescer quando mente dominam o figurino, que resgata a época original em que foi lançada a história, há 140 anos.

Para além da versão adocicada do desenho da Disney dos anos 1940, o filme mostra a pobreza da zona rural da Toscana no século 19, acentuada com inverno rigoroso e escassez de comida. O figurino é assinado por Massimo Cantini Parrini e o protagonista é vivido pelo garoto Federico Ielapi.

Elas no Tapete Vermelho
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