PUBLICIDADE

Bichectomia: entenda o que é, os benefícios e os riscos da cirurgia

Cirurgia plástica retira a bola de Bichat (tecido gorduroso das bochechas) e deixa o rosto com aparência mais magra

24 jan 2019 - 10h25
(atualizado às 10h43)
Compartilhar
Exibir comentários

A bichectomia vem sendo muito procurada por quem quer ter um rosto com aparência mais magra, com mais ângulos.

A técnica em alta precisa ser recomendada e executada por profissionais como cirurgiões plásticos, craniofaciais e bucomaxilofaciais.

Também é fundamental que o procedimento ocorra em um ambiente cirúrgico que tenha condições de atender o paciente caso ocorra alguma complicação.

O que é bichectomia?

A bichectomia é uma cirurgia plástica para retirada da bola de Bichat - tecido gorduroso localizado na região interna das bochechas.

A cirurgia plástica envolve dois cortes dentro da boca, um de cada lado. O procedimento estético, que dura cerca de 30 minutos, pode ser feito com anestesia local.

"Para a realização da bichectomia, é realizado um corte de um centímetro, na região interna das bochechas, para a retirada da bola de Bichat, que é uma estrutura gordurosa presente entre dois músculos responsáveis pela mastigação. Como consequência, o rosto fica com um visual mais fino", diz o cirurgião plástico Sérgio Morum.

Qual é a função da bola de Bichat no organismo?

"A bola de Bichat é importante nos primeiros anos de vida, para ajudar na sucção e alimentação dos bebês. Na idade adulta, ela serve como uma estrutura gordurosa entre os músculos da face, porém com pouca função fisiológica", explica o cirurgião plástico Henrique Lopes Arantes.

Em quais casos a bichectomia é indicada?

Segundo Arantes, a cirurgia é indicada para pacientes que possuem hipertrofia (aumento) das bolas de Bichat, que se machucam por morder a parte interna da bochecha ou que, por motivos estéticos, querem ter um rosto mais afinado.

Para que serve a bichectomia?

"A bichectomia é feita para fins estéticos. O cirurgião avalia o rosto do paciente, já que não é possível detectar a bola de Bichat por exames. Ele identifica onde está localizada a gordura, e a retira. Não é necessário realizar um segundo procedimento, visto que essa gordura é acumulada no rosto apenas uma vez", afirma Morum.

Como é a recuperação da bichectomia?

O tempo de recuperação depende de cada paciente, mas em média dura 14 dias.

"No primeiro dia após a bichectomia, o paciente precisa cumprir uma dieta líquida fria ou gelada, e, no segundo, apenas dieta pastosa macia, como arroz e frango", explica Morum.

Na primeira semana, é necessário evitar esforço físico, a ingestão de alimentos quentes, sucção ou uma mastigação vigorosa e abertura exagerada da boca. O inchaço pode ser mais evidente nos primeiros sete dias após a cirurgia.

Quais são os riscos da bichectomia?

Apesar de a bichectomia ser considerada simples, o cirurgião plástico Vitorio Maddarena ressalta que, como qualquer cirurgia, também existem alguns riscos.

Caso seja retirada muita gordura, o paciente pode perder a habilidade de sucção com a boca e com o passar dos anos o rosto pode ficar excessivamente fino.

"Quando a bichectomia não é feita corretamente, a longo prazo o rosto pode ficar mais caído. Mas isso é muito raro de acontecer. Se retirar apenas o excesso, o resultado será apenas a melhora estética", afirma Maddarena.

Outro problema que pode acontecer durante a cirurgia é um corte acidental e errôneo de algum nervo ou músculo. "Isso pode levar a sérias complicações, como hematomas, perda de movimentos, com consequente rosto torto e fístula salivar, ou seja, a saída de saliva por lugares errados", diz o cirurgião.

O cirurgião plástico Henrique Lopes Arantes comenta que também existe o perigo de ocorrer sangramento, infecção e outros problemas na cicatrização.

Quais são as contraindicações do procedimento?

A intervenção cirúrgica é inadequada para pessoas que não têm a bola de Bichat com tamanho acima do normal. Também não é aconselhada para pacientes sem condições clínicas ideais. Arantes ressalta que não recomenda a bichectomia quando existe uma "expectativa irreal do resultado" do procedimento.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade