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Vacina contra HPV não leva a comportamentos sexuais de risco, diz estudo

Após programa de vacinação contra doença, meninas adolescentes do Canadá se protegeram mais

16 out 2018 - 15h33
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No Brasil, meninos e meninas de 9 a 14 anos devem tomar a vacina contra o HPV em duas doses. Quando a vacinação foi adotada pelo sistema público brasileiro, em 2014, houve quem acreditasse que ela estimularia comportamentos sexuais de risco em adolescentes, já que ela previne uma infecção sexualmente transmissível. Um estudo canadense comparou dados de comportamento sexual de meninas adolescentes antes e depois do início da campanha de vacinação contra HPV na província de British Columbia. Os resultados apontaram que a vacina e o comportamento de risco não estão associados.

Por sirtravelalot/Shutterstock
Por sirtravelalot/Shutterstock
Foto: Getty Images / Minha Vida

O estudo analisou dados de 298.265 meninas heterossexuais que responderam em 2003, 2008 e 2013 a uma pesquisa que colhe respostas dos jovens de 12 a 17 anos sobre sua saúde. O programa de vacinação contra o HPV na escola foi introduzido em 2008 na região.

Os dados indicaram que o número de jovens que relataram já ter tido relações sexuais caiu de 21.3% em 2003 para to 18.3% em 2013. No período, também caiu significativamente o relato de adolescentes com menos de 14 anos que haviam feito sexo, bem como as que contavam ter usado alguma substância antes das relações.

O uso de camisinhas e outros métodos contraceptivos, no entanto, aumentou, enquanto as taxas de gravidez na adolescência caíram.

Falando sobre ISTs em casa

De acordo com a hebiatria Andrea Hercowitz, conversar com as crianças e adolescentes com honestidade, responder as suas dúvidas de forma direta, estimular a leitura para aprofundamento do assunto conforme a maturidade de cada um, são maneiras de minimizar os riscos que cruzam a vida de qualquer pessoa. O mesmo acontece quando o assunto é sexo.

"Falar sobre infecções sexualmente transmissíveis requer tocar no assunto sexualidade sem preconceitos ou tabus, com a certeza de que essa faz parte do comportamento humano saudável", afirma ela.

Minha Vida
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