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Vacina contra febre amarela pode combater zika, aponta estudo

Pesquisa serve como saída simples, eficiente e barata para a prevenção da doença

9 abr 2019 - 14h05
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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) descobriu que a vacina da febre amarela pode proteger contra a infecção pelo vírus zika.

Foto: Reprodução/Shutterstock
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Foto: Getty Images / Minha Vida

Para comprovar a eficácia da vacinação, o grupo de investigadores fez análises em animais. Foram utilizados camundongos de diferentes linhagens e estados de saúde, divididos em dois grupos. O primeiro recebeu a vacina e foi infectado com o vírus, enquanto o segundo recebeu apenas o patógeno.

Os resultados mostraram que os animais desenvolveram um alto grau de proteção contra a infecção, tanto nos indivíduos saudáveis quanto naqueles com problemas no sistema imunológico. Além disso, eles analisaram os casos de zika nos últimos anos, constando uma queda considerável após a ampliação da vacinação contra a febre amarela, em 2017.

Segundo o estudo, a imunização é possível por meio de um processo chamado "proteção cruzada". Nesse mecanismo, um agente infeccioso presente na vacina leva ao desenvolvimento de resposta imune contra outro patógeno. Esse método de vacinação só é capaz por que ambos os vírus pertencem ao mesmo grupo - os flavivírus - e suas estruturas biológicas são muito similares.

Os pesquisadores agora trabalham para compreender melhor como funcionam os mecanismos de proteção contra o vírus da zika desenvolvidos a partir da vacina da febre amarela.

A pesquisa é de extrema relevância, pois aponta uma saída mais simples, eficiente e barata para a prevenção da doença, isso porque uma única dose é suficiente para imunizar pela vida toda, protegendo contra dois patógenos de uma só vez.

Dados sobre o Zika Vírus

Apesar do número de casos ter diminuído nos últimos meses, a condição continua a ser uma das mais temidas, já que pode causar microcefalia e outras malformações em bebês. Até 02 de fevereiro, foram notificados 630 casos de zika em todo o país, com uma redução de 18% em relação ao mesmo período de 2018.

Zika Vírus (ZKV) é um vírus transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti (mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya) e o Aedes albopictus. O contágio principal pelo ZKV se dá pela picada do mosquito que, após se alimentar com sangue de alguém contaminado, pode transportar o ZKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele.

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