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Suplementos proteicos podem levar à compulsão alimentar

Alto consumo de BCAA (aminoácidos queridinhos no mundo fitness) pode alterar o humor e aumentar o peso

16 mai 2019 - 16h49
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Whey protein, barras de proteína e muitos alimentos de origem animal. Estes elementos são bem comuns em refeições no universo fitness para quem quer atingir um corpo definido, principalmente devido às proteínas presentes. Mas um grupo de pesquisadores australianos questionaram se o excesso de proteínas pode ser prejudicial e a resposta foi: sim!

Consumo alto de BCAA pode levar a alterações físicas e emocionais - Foto: Shutterstock
Consumo alto de BCAA pode levar a alterações físicas e emocionais - Foto: Shutterstock
Foto: Foto: Shutterstock / Minha Vida

Cientistas da Universidade de Sidney descobriram que uma dieta rica em proteínas ameaça, sim, a saúde física e mental dos indivíduos. O estudo, publicado no periódico Nature Metabolism, foi feito em ratos de laboratório que receberam diferentes doses de BCAA.

Como foi feito

O suplemento é um dos mais usados por quem almeja um corpo tonificado e é resultante da mistura de três aminoácidos (isoleucina, leucina e valina). Como não é produzido de forma natural pelo corpo humano, musas e musos fitness costumam consumir carnes vermelhas, laticínios e suplementos proteicos para adquirir e até mesmo reforçar a dose de BCAA.

Os roedores foram divididos em quatro grupos:

  • Grupo 1: dose diária recomendada do suplemento proteico
  • Grupo 2: dose diária de 20% a mais que o recomendado
  • Grupo 3: dose diária de 50% a mais que o recomendado
  • Grupo 4: dose diária de 200% a mais que o recomendado

Resultados

Os ratos que ingeriram a partir do dobro de BCAA (Grupo 3 e 4) engordaram e tiveram menor expectativa de vida. Para os cientistas, isso significa que os níveis elevados de suplementos proteicos no sangue atrapalharam que o triptofano, outro aminoácido, chegasse ao cérebro. O triptofano é um dos responsáveis pelo transporte de serotonina, que por sua vez causa a sensação de bem-estar.

Como o triptofano não conseguir chegar ao cérebro, o índice de serotonina dos ratos caiu - o que os levou à compulsão alimentar. Assim, se tornaram obesos e, consequentemente, tiveram uma qualidade de vida menor.

Minha Vida
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