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Pobres doam três vezes mais que ricos, aponta pesquisa

Passar adiante o que não se usa mais, fazer trabalho voluntário ou doar dinheiro são algumas maneiras de se praticar a solidariedade

27 dez 2019 - 11h29
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Não é de hoje que a época do Natal e outras datas comemorativas ao longo do ano estimulam uma onda de solidariedade por todos os cantos do país. Muita gente aproveita essas ocasiões para ajudar pessoas e instituições com doações variadas, que podem ser tanto em forma de dinheiro quanto em ações de voluntariado, que fazem a diferença para quem precisa.

Foto: vasara/Shutterstock
Foto: vasara/Shutterstock
Foto: Getty Images / Minha Vida

Entretanto, uma pesquisa recente do World Giving Index (o Ranking Global de Solidariedade), mostrou que o Brasil está longe de ser o país mais solidário do mundo - e que a maior parte das ações solidárias realizadas por aqui não são, necessariamente, feitas pela parcela mais rica da população.

De acordo com o levantamento da organização, que aqui é representada pelo Instituto para o Desenvolvimento e do Investimento Social (Idis), o Brasil consta apenas na 74º posição da lista dos países mais solidários, atrás de nações como México, Peru, Senegal e Zimbábue.

Além disso, a pesquisa também apontou que os pobres doam, proporcionalmente, três vezes mais que os ricos no Brasil e que os brasileiros não são muito ativos no cotidiano, agindo mais em situações de emergências, como em tragédias naturais.

Solidariedade pelo mundo

Doar dinheiro, fazer trabalho voluntário ou até mesmo ajudar um desconhecido, seja doando comida, roupa ou outros itens de necessidade básica. Esses são os critérios da pesquisa do Ranking Global de Solidariedade para considerar o que é uma ação solidária.

Na lista dos países mais solidários do mundo, constam Estados Unidos em primeiro lugar, Mianmar em segundo, Nova Zelândia em terceiro, Austrália em quarto e Irlanda na 5º posição. Ao todo, são 126 países participantes, somando 1,3 milhão de pessoas consultadas.

Realizada desde 2010, a pesquisa chegou à conclusão que houve uma queda nas doações mundiais na última década. Além disso, três dos 10 países que mais doam estão entre os países menos ricos do mundo; é o caso de Mianmar (2º lugar), Sri Lanka (9º. Lugar) e Indonésia (10º lugar).

Há outros indicativos positivos na pesquisa, que mostram como a ação solidária é presente no mundo todo. Segundo o levantamento, são mais de 2,5 bilhões de pessoas que já ajudaram um desconhecido, o que representa 48% da população mundial - sendo que um em cada 5 adultos realizaram trabalho voluntário na última década.

Solidariedade no Brasil

No contexto brasileiro, o relatório da solidariedade no Brasil indicou que o gesto solidário mais popular no país é a doação de dinheiro, feita por dois terços dos doadores (68%). Esses valores são destinados para organizações sociais, igrejas ou organizações religiosas, ou diretamente para uma pessoa necessitada.

Entre os principais motivos listados para doar dinheiro, a razão mais comum é "porque faz com que se sintam bem". Já o fator mais citado como maior incentivo para doar mais foi "ter mais dinheiro", enquanto 46% dos participantes disseram que doariam mais se soubessem como é gasto o valor.

Outro dado levantado pela pesquisa é que, quando a doação é feita em dinheiro, a parcela mais pobre da população doa, proporcionalmente à renda, três vezes mais que os ricos. Isso se deve ao fato de que muitas dessas pessoas entendem a importância de ajudar o outro, por já terem passado por necessidades similares.

Com apenas 28% da população envolvida em uma ou mais ação solidária, o Brasil também segue as tendências mundiais ao ter a maioria das doações feitas à organizações religiosas e igrejas. Em seguida, vem o apoio às crianças e o apoio aos mais pobres.

Como ser solidário?

A solidariedade é um conceito amplo, que leva as pessoas a ajudarem os outros. Segundo a psicóloga Marina Vasconcelos, ser solidário é se identificar com o problema alheio e, assim, ter capacidade de se colocar no lugar do outro.

E não é apenas o outro que se beneficia com atos solidários. Quem doa também sente os benefícios da boa ação. O psicólogo Vitor Sampaio explica que se fizermos algo de bom a uma pessoa, estaremos fazendo bem a nós mesmos, uma vez que estamos em relação uns com os outros.

São diversas as formas de ajudar o próximo e que fazem muita diferença, como:

  • Doar uma quantia em dinheiro
  • Doar bens materiais, como roupas, brinquedos, comida, material escolar, etc
  • Realizar trabalho voluntário
  • Doar de sangue.

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