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Pessoas que sofrem paralisia do sono têm mais chances de ter depressão

Aproximadamente 7% dos participantes analisado no estudo sofrem com paralisia do sono pelo menos uma vez por semana

15 jun 2018 - 10h52
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Pessoas que sofrem com paralisia do sono ou alucinações pouco antes de cair no sono têm maior probabilidade de sofrer depressão, sugere uma nova pesquisa. Este é o primeiro estudo a analisar o relacionamento entre problemas de sono e saúde mental em estudantes.

Para investigação, foram selecionados 189 estudantes atletas que precisaram responder algumas perguntas sobre qual era a duração do sono, se já haviam sofrido paralisia do sono ou alucinações, com que frequência sofriam e quais eram os sintomas. Em seguida, os pesquisadores avaliaram a saúde mental dos participantes de acordo com a Escala de Depressão dos Centros de Estudos Epidemiológicos.

Os resultados mostraram que 18% dos participantes experimentam paralisia do sono ocasionalmente, enquanto 7% sofrem com a condição pelo menos uma vez por semana. Além disso, 24% têm alucinações de sono de vez em quando, enquanto 11% sofrem com o problema a cada sete dias.

Comparando aqueles que nunca haviam experimentado paralisia do sono ou alucinações, os estudantes que sofriam com as condições - mesmo que raramente - tinham mais chances de ter depressão.

"Paralisia e alucinações costumam ser consideradas relativamente inofensivas e raras. Mas eles podem ser muito angustiantes para aqueles que os experimentam", comenta o autor principal, professor Michael Grandner, da Universidade do Arizona.

"O fato da paralisia do sono e as alucinações do sono serem tão comuns entre os estudantes sugere que esse é um grupo com problemas significativos de sono que devem ser avaliados e tratados", disse a autora do estudo Serena Liu ao DailyMail.

De acordo com uma pesquisa divulgada em março sobre saúde mental da Universidade de Adelaide, na Austrália, parar os exercícios pode influenciar no aumento dos sintomas de depressão.

O trabalho foi feito por Julie Morgan, estudante de doutorado da Disciplina de Psiquiatria, que revisou resultados obtidos em pesquisas anteriores que examinaram os efeitos da interrupção do exercício em adultos considerados regularmente ativos.

"É importante que as pessoas entendam o impacto potencial em seu bem-estar mental quando, de repente, deixam de fazer exercícios regularmente", Julie Morgan, estudante de doutorado da Disciplina de Psiquiatria.

O que é a paralisia do sono?

Segundo a otorrinolaringologista Samanta Dall´Agnese, estima-se que até quatro em cada dez pessoas podem ter vivenciado a paralisia do sono alguma vez na vida. O fenômeno acontece no meio da noite, quando a pessoa acorda, mas não consegue mover seu corpo.

A paralisia do sono acontece quando a pessoa acorda durante o estágio REM (rapid eye movement = movimento rápido dos olhos). Esse estágio se caracteriza por atividade cerebral intensa e sonhos bastante vívidos.

Durante o sono REM nós também temos um relaxamento muscular importante. É normal que nosso sonho envolve movimentos, mas nosso corpo não responde a eles, o que evita acidentes com a própria pessoa ou companheiros.

A sensação de paralisia acontece porque o cérebro da pessoa despertou antes do corpo. Neste momento, o cérebro pode ainda estar envolvido com sonhos, numa espécie de confusão mental. A pessoa tem uma sensação terrível de não se mexer, além de estar vivenciando as imagens do sonho recente.

Veja como diagnosticar e tratar a paralisia do sono!

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