Paula Fernandes revela que quase suicidou-se quando era adolescente
"Escolhi uma janela e decidi que ia pular", revela a cantora, que já teve depressão
Nem toda pessoa que está com depressão está em risco de suicídio. No entanto, o pensamento sobre tirar a própria vida é um dos sintomas da doença, principalmente em casos graves. Um período conturbado durante a adolescência da cantora Paula Fernandes foi responsável por ela pensado em se matar ainda aos 17 anos.
Em uma entrevista ao colunista Leo Dias, Paula revela: "Eu escolhi uma janela e decidi que ia pular. Eu tive uma depressão fortíssima. Eu tinha uns 17, 18 anos e as coisas não aconteciam. Tinha muita dificuldade financeira e comecei a ficar muito mal. Tive taquicardia, o cabelo caiu, emagreci 7 quilos". A cantora não contou mais sobre a época na entrevista, já que há mais detalhes em seu livro, que está sendo lançado hoje (16).
Como conversar sobre o tema com os filhos?
O suicídio ainda é tratado como tabu. No entanto, conversar sobre ele é uma medida que pode ser preventiva. "Perguntar sobre suicídio não provoca o ato de se suicidar. Pelo contrário, frequentemente reduz a ansiedade e ajuda a pessoa a se sentir compreendida", diz a Organização Mundial da Saúde.
No caso dos adolescentes, é preciso ficar atento para sinais de alerta, como isolamento social, falta de interesse em atividades que antes eram prazerosas, baixo rendimento escolar, desesperança. Segundo a psicóloga Kelly Anny de Oliveira Pinho Monteiro, em artigo ao Minha Vida, a conversa sobre a temática do suicídio é algo que pode ocorrer de forma mais natural possível, e geralmente o adolescente dá indícios de que algo na sua vida não está bem. Frases comuns são:
- Eu não aguento mais essa vida
- É melhor morrer do que viver assim
- Não sei mais o que fazer
- Acho que não vou suportar isso.
"Na adolescência, os sentimentos e a emoções estão muito latentes e eles não tem maturidade emocional para lidar com tantas mudanças que estão ocorrendo na sua vida, pois isso o apoio familiar é crucial para que o adolescente lide com essas mudanças de forma mais saudável possível", completa a psicóloga.