PUBLICIDADE

Número de partos com episiotomia cai pela metade em 7 anos

Procedimento consiste no corte na área do períneo da mulher para facilitar a passagem do bebê no parto e foi feito em 33% dos partos em 2018 (contra 71% em 2012)

22 out 2019 - 16h29
Compartilhar
Exibir comentários

A episiotomia, corte na área do períneo da mulher para supostamente facilitar a saída do bebê no parto, foi por muito tempo um procedimento rotineiro no Brasil. Porém, esse cenário mudou. Enquanto em 2012, 71% das mulheres sofreram a episiotomia, em 2018 esse número caiu para 33%, segundo pesquisa da BabyCenter Brasil.

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock
Foto: Getty Images / Minha Vida

De acordo com a BabyCenter Brasil, a redução nas episiotomias se verificou igualmente nos partos realizados pelo SUS e pelos planos de saúde.

Esse procedimento é considerado invasivo e tanto a Organização Mundial da Saúde, nas diretrizes do Cuidado Intraparto para uma Experiência Positiva de Parto (2018), quanto o Ministério da Saúde, nas Diretrizes de Parto Normal (2017), não recomendam que seja feito de rotina.

Para a pesquisa, foram entrevistadas aproximadamente 3.500 mulheres, através de formulário online, sobre nascimentos ocorridos ao longo de 2018. O mesmo questionário já havia sido aplicado a 2.700 mulheres em 2013, referentes a nascimentos ocorridos em 2012.

O que é episiotomia?

A episiotomia é um corte cirúrgico realizado a partir da vagina que pretende ampliar o canal do parto para facilitar a passagem do bebê, na última fase do período expulsivo. Tem cerca de cinco a seis centímetros e é feito com anestesia local, caso a parturiente ainda não tenha sido submetida a outros tipos de anestesia.

Embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomende fazê-la em apenas 10% dos partos, essa prática ainda é comum.

Segundo a Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), a episiotomia pode acarretar uma série de consequências negativas tais como: alterações cicatriciais, infecção, hematoma, extensão traumática da episiotomia com lesão, por exemplo, do reto ou nervos da região, além de poder causar dispareunia (dor nas relações sexuais).

Por isso, o ginecologista e obstetra Cláudio Basbaum recomenda a prática de massagem e exercícios musculares simples do assoalho pélvico, com os quais a mulher pode ter controle no nível de contração e relaxamento do períneo. Com isso, é possível obter a ampliação suficiente do canal do parto no momento da saída do bebê.

Saiba mais sobre parto normal

Parto normal dói muito? Veja vídeo real, vantagens e detalhes

Qual a diferença entre o parto normal e o humanizado?

Conheça diferenças e vantagens do parto normal

Minha Vida
Compartilhar
Publicidade
Publicidade