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Novo exame de sangue pode prever se bebê será prematuro

Cientistas descobriram que moléculas presentes no sangue pode ainda indicar a data de parto

8 jun 2018 - 12h33
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O ultrassom é um exame importante para conferir se está tudo certo com a gravidez. No entanto, ele tem um custo alto. Um estudo testou a capacidade de um novo exame de sangue prever a data de parto, assim como um ultrassom, e até se o bebê será parto prematuro. Apesar de terem sido feitos com pequenos grupos de grávidas, os resultados foram satisfatórios e abrem portas para serem testados em larga escala.

A pesquisa foi feita em parceria entre cientistas das Universidades de Stanford, da Pensilvânia e do Alabama, nos Estados Unidos, e o Instituto Statens Serum, na Dinamarca. Ela investigou transcrições das moléculas de cfRNA, ou RNA livre de células. O RNA é como uma fita que atua "traduzindo" as informações genéticas quando uma célula vai ser duplicada, por exemplo. Essas transcrições é como se fossem textos sobre os genes "escritos" por essas moléculas.

O primeiro estudo foi feito com 31 mulheres grávidas saudáveis. Estudos em cima dessas transcrições presentes no sangue da mãe foram capazes de prever a idade gestacional com uma precisão comparada a de um ultrassom, mas com um custo bem mais baixo.

Já o segundo testou o sangue de 38 mulheres grávidas com condições que levavam a alto risco de terem bebês prematuros. Sete transcrições do cfRNA deram indícios sobre quem de fato iria ter os pequenos antes da hora: 15 mulheres, enquanto 23 tiveram no tempo ideal, entre a 37ª e a 42ª semana.

Segundo os autores, o novo teste promete mudar os cuidados pré-natais tanto em países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento. Apesar disso, reforçam a necessidade de validar o exame em larga escala. "São principalmente genes maternos. Nós achamos que é a mãe enviando um sinal de que ela está pronta para ter o bebê", contou a pesquisadora Mira Moufarrej ao site da Universidade de Stanford.

Causas do parto prematuro

Os especialistas explicam que não existe uma causa na medicina que ocasione o parto prematuro. No entanto, existem alguns fatores relacionados à gestação e à saúde da mãe que podem aumentar as chances de um parto prematuro.

  • Infecção urinária: a cultura de bactérias presentes na urina da gestante pode ocasionar contrações uterinas, levando assim a um parto prematuro. Para evitá-la é importante realizar o acompanhamento pré-natal de forma disciplinada, realizando os exames necessários e comparecendo às consultas
  • Descolamento de placenta: A placenta é um órgão redondo e achatado que se forma durante a gravidez, com a função de nutrir e fornecer oxigênio ao bebê. O descolamento da placenta é um problema de gravidez em que a placenta se separa demasiado cedo da parede do útero. Em uma gravidez normal, a placenta mantém firmemente ligado à parede interna do útero até depois que o bebê nasce. Caso haja descolamento prematuro da placenta, ela se rompe da parede do útero muito cedo, ocasionando assim o parto prematuro
  • Pré-eclâmpsia: essa condição ocorre quando uma mulher grávida tem pressão arterial elevada (acima de 140/90 mmHg) a qualquer momento após a sua 20ª semana de gravidez. A pré-eclâmpsia pode causar parto prematuro, pois pode causar um desprendimento da placenta da parede uterina antes da hora. O acompanhamento médico durante a gestação bem como o controle dos alimentos ingeridos pode ajudar a diminuir o risco de um pré-eclâmpsia
  • Descolamento prematuro de placenta: A placenta é um órgão redondo e achatado que se forma durante a gravidez, com a função de nutrir e fornecer oxigênio ao bebê. O descolamento da placenta é um problema de gravidez em que a placenta se separa demasiado cedo da parede do útero. Descolamento prematuro da placenta pode ser muito prejudicial. Em casos raros, pode ser mortal. O bebê pode nascer muito cedo (precoce) ou com baixo peso. A mãe pode perder uma grande quantidade de sangue
  • Diabetes gestacional: condição caracterizada por hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose no sangue) que é reconhecida pela primeira vez durante a gravidez. A condição ocorre em aproximadamente 4% de todas as gestações
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