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Mulher vende o próprio plasma de sangue para fazer compras no shopping

Especialista explica se a prática é permitida ou perigosa

30 mai 2019 - 18h52
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Carisa Barker, moradora de Layton (Utah, EUA), 20 anos, encontrou uma forma de manter o seu vício em fazer compras: vender o próprio plasma duas vezes por semana.

Foto: Carisa Barker/Divulgação
Foto: Carisa Barker/Divulgação
Foto: Getty Images / Minha Vida

De acordo com a Cristina Balestrin, Gerente Executiva do Banco de Sangue da Beneficência Portuguesa de São Paulo, o plasma é a parte líquida do sangue e corresponde a 55% do seu volume total, o maior representante do volume total do sangue. Nós também temos as hemácias, as plaquetas e os leucócitos.

"O plasma é responsável pelo transporte do gás carbônico produzido na respiração celular, pelo transporte de resíduos produzidos pelas células, auxiliando na defesa do organismo, na coagulação do sangue e no transporte de nutrientes", explica. Ele é composto por 90% de água e o restante correspondem a proteínas e outras substâncias.

A jovem americana rendeu cerca de R$ 13 mil com a venda do plasma. "Sou compulsiva. Se pudesse, iria às compras todos os dias", afirmou em entrevista ao NY Post. Além disso, ela trabalha como babá em período parcial.

"É um dinheiro extra, mas um dinheiro que eu gasto sem ter que trabalhar duro para ganhá-lo. Que eu saiba não há riscos, e os meus pais estão cientes", declarou Carisa, que começou a doar plasma após uma amiga sugerir.

Prática é permitida ou perigosa?

"No Brasil, a doação remunerada de sangue ou de qualquer hemocomponente, foi proibida no início da década de 80", lembrou Cristina Balestrin. O primeiro estado do país a impedir a ação foi São Paulo.

Já nos Estados Unidos, a doação remunerada de plasma é permitida, pois é utilizado pela indústria, sendo passado por um processamento que produz fatores de coagulação, como albumina, por exemplo. Conforme a especialista, essa técnica é usada para ajudar pessoas com distúrbios da coagulação, como a doença de Von Willebrand.

"No Brasil você coleta plasma através de uma máquina chamada aférese, ou seja, você faz uma plasmaférese, com finalidade terapêutica", afirma. Mas não é processado, por isso, em seguida é descartado para melhorar sintomas de doenças.

A especialista esclarece que a legislação americana classifica o doador de plasma como um doador frequente ou infrequente. O infrequente é aquele que pode doar pelo menos 1 vez por mês, já o frequente pode doar com intervalo menor do que um mês.

"Mas isso desde que ele cumpra um conjunto de requisitos, de acesso venoso, de peso corpóreo e boas condições de saúde. Assim, ele pode sim doar plasma duas vezes por semana com intervalo de pelo menos dois dias", completa.

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