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Mulher sofre queimadura grave após usar alho para tratar micose no pé

A paciente colocou o alho no local todos os dias por quatro semanas, o que levou a uma queimadura de 2º grau

26 jul 2018 - 10h54
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Se você provavelmente já deve escutado de alguém uma dica caseira "infalível" para algum problema de saúde que enfrentou, certo? Embora essas receitas pareçam fáceis e irresistíveis, é preciso muita atenção pois elas podem acabar piorando o problema.

Foi exatamente isso que aconteceu com uma mulher inglesa de 45 anos que decidiu usar um alho para acabar com um fungo no dedão do pé e acabou sofrendo uma queimadura grave.

O caso foi divulgado por médicos do Hospital Universitário de Oxford, no Reino Unido, no periódico BMJ Case Reports no início de julho.

Na esperança de se livrar de um fungo insistente no dedão do pé esquerdo, ele aplicou alho cru no local todos os dias durante quatro semanas.

De acordo com os médicos, o alho afetou a unha da mulher e provocou uma queimadura de segundo grau na pele. Além disso, o tratamento que foi feito para acabar com o fungo não teve efeito nenhum e apesar de toda dor enfrentada a condição permaneceu.

"Os efeitos adversos do alho cru na pele são duplos. Pode causar diretamente uma queimadura química e, em indivíduos sensibilizados, provocar uma reação alérgica, resultando em dermatite de contato", disseram os autores da publicação.

Os médicos revelaram também que a dermatite de contato provocado pelo alho tem sido relatada por cozinheiros e manipuladores de alimentos, além de uma série de casos de queimaduras provocada pelo alimento.

"Fatores que afetam a gravidade da queimadura da pele incluem quantidade e frescor do alho, duração da exposição, a presença de condições pré-existentes na pele e sensibilidade da pele", completaram.

Após uma limpeza imediata para remover as substâncias químicas remanescentes do alho, a pele morta sobre as bolhas foi removida e a paciente foi instruído a evitar qualquer outro tipo de "fitoterápicos tópico".

"As pessoas têm que estar realmente cientes do fato de que só porque um produto é botânico, isso não significa que não seja um irritante ou um alérgeno. Há uma espécie de falsa sensação de pensamento de segurança: 'Ah, é botânico, não vai me machucar'.  Pode não ser cancerígeno, mas isso não significa que não vá irritar a pele", disse Mona Gohara, professora clínica associada do departamento da Universidade de Yale

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