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Estudo descobre ligação entre ansiedade e sono "violento"

Distúrbio que leva a chutes e movimentos bruscos durante o sono é mais comum entre quem toma antidepressivos ou tem ansiedade

28 dez 2018 - 10h53
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Você já dormiu com alguém que chuta e faz muitos movimentos bruscos durante o sono? Se isso acontece durante o sono REM, que é a fase em que sonhamos, isso pode se caracterizar como Distúrbio comportamental do sono REM. Um estudo descobriu a ligação deste distúrbio com diagnóstico de ansiedade, estresse pós-traumático e o uso de antidepressivos.

Estudo descobre ligação entre ansiedade e sono "violento"
Estudo descobre ligação entre ansiedade e sono "violento"
Foto: Getty Images / Minha Vida

De acordo com a neurologista Bruna Mendonça Lima, distúrbio comportamental do sono REM é um tipo de psicose na qual a pessoa "representa" seus sonhos de uma forma tão violenta que ela pode machucar a pessoa que dorme ao seu lado. Ela acontece no sono REM, que abrange 20% da noite, é a fase do sono profundo em que ocorrem os sonhos. Durante esta etapa, o cérebro manda comandos para que os músculos não se movam. No entanto, para quem tem o distúrbio, isso não acontece.

O estudo analisou dados de 30.097 pessoas, que responderam a questionários sobre comportamento e saúde. Nos questionários, elas também respondiam à pergunta: "Alguém já te falou, ou você já suspeitou, que você representa seus sonhos com o corpo enquanto dorme?"

Daí, os pesquisadores do Instituto Canadense de Pesquisa em Saúde e o Fundo de Pesquisa em Saúde de Quebec encontraram 958 pessoas com o distúrbio.

O estudo descobriu que os portadores do transtorno tinham possibilidade de duas vezes e meia maior de relatar o uso de antidepressivos para tratar a depressão. Pessoas com o transtorno também foram duas vezes e meia mais propensas a ter transtorno de estresse pós-traumático. Eles eram duas vezes mais propensas a ter doenças emocionais.

"Nossa pesquisa não mostra que esses fatores de risco causam transtorno do comportamento do sono REM, apenas mostra que eles estão ligados. Nossa esperança é que nossas descobertas ajudem a orientar futuras pesquisas, especialmente porque o distúrbio de comportamento do sono REM é um forte sinal de doença neurodegenerativa", explicou Ronald Postuma, autor do estudo.

Minha Vida
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