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Dois casos de leishmaniose humana são confirmados no interior de SP

Uma criança com leishmaniose visceral está internada desde o dia 6 de novembro em um hospital de Presidente Prudente

16 nov 2017 - 12h08
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A Vigilância Epidemiológica Municipal de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, confirmou nesta segunda-feira (13) o segundo caso de leishmaniose visceral humana registrado no município neste ano. Uma criança de 1 ano de idade que contraiu leishmaniose visceral, doença transmitida pelo mosquito palha, está internada desde o dia 6, em um hospital da cidade. A primeira ocorrência tinha disso confirmada em maio.

No ano passado, a Secretaria Estadual de Saúde havia revelou que 115 pessoas contraíram a doença no Estado e 9 casos resultaram em óbito. Em Presidente Prudente, o primeiro caso de Leishmaniose Visceral em humano foi confirmado em 2013. O segundo caso em 2014. Já em 2016 foram dois casos e agora em 2017 duas confirmações, em maio e setembro. Isso totaliza seis casos da doença registradas na cidade nos últimos cinco anos.

Com a confirmação, a vigilância começou a realizar um trabalho de orientação da população, solicitando a retirada de toda matéria em decomposição encontradas nos quintais, como: galhos de árvores, madeiras, móveis velhos, frutos, folhas. Além disso, veículos da prefeitura estão passando pelas ruas para recolher material em decomposição nos quintais que servem de abrigo para o mosquito transmissor.

Os agentes de saúde também irão passar pelas casas da cidade para fazer a inspeção e a aplicação de inseticida. Donos de imóveis que não seguirem as recomendações ou vetarem o ingresso do agente podem ser multados em R$ 1.038.

A principal forma de transmissão da leishmaniose é através de mosquitos durante a picada. O mosquito palha, nome pode variar de acordo com a localidade, é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas. No entanto, os cães também entram no processo de transmissão, pois, quando picados pelo mosquito, desenvolvem a doença e podem passar para humanos.

Até o fim de agosto, cerca de 200 casos caninos da doença foram notificados no município. Não há vacina para prevenir a leishmaniose em humanos, o tratamento é feito apenas com medicamentos.

A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos, após esta idade se torna menos frequente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.

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