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Cientistas descobrem uma nova causa para a depressão

Com a descoberta, é possível que surjam tratamentos mais eficazes para a doença

3 ago 2018 - 11h12
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A depressão pode ser impulsionada por diversos fatores, que incluem a incidência de razões biológicas e emocionais. Entretanto, um novo estudo publicado pelo periódico PNAS indica um motivo até então desconhecido para o surgimento da doença: Os baixos níveis do biomarcador acetil-L-carnitina (LAC) em nosso sangue.

O Acetil-L-carnitina é responsável por metabolizar a gordura e a energia de nosso corpo. Além disso, a substância também é importante para o sistema nervoso e o humor. Pacientes com histórico de resistência a doença são os que apresentam os menores níveis de LAC no organismo.

As evidências que comprovam esta descoberta vêm sendo coletadas desde 1991, quando médicos da área descobriram o potencial que o acetil-L-carnitina tinha para tratar pacientes com depressão.

Em pessoas idosas e com doenças terminais, a substância mostrou-se mais eficaz que os placebos. Segundo Natalie Rasgon, autora do estudo, os medicamentos atualmente prescritos para a depressão têm eficácia de até 50%, causando diversos efeitos colaterais, algo ainda não observado com o acetil.

Como o estudo foi feito

Os pesquisadores recrutaram 71 pacientes diagnosticados com depressão. Todos eles eram homens e mulheres, com idades entre 20 e 70 anos de idade. Os pacientes tiveram que preencher um questionário detalhado, passar por uma consulta clínica e realizar exames de sangue.

Entre todos os participantes, 28 deles tinham depressão moderada e 43 deles sofriam com condições severas da doença. Por último, os resultados de seus exames de sangue foram comparados com o de pessoas que não sofriam com a depressão.

Resultados

Pessoas com depressão tinham baixos níveis de acetil em seus organismos. Quem tinha depressão severa apresentou os níveis mais reduzidos entre todos. Ter resistência a medicamentos e ser vítima de traumas no passado foram fatores que definiram os níveis de gravidade da depressão.

Segundo os pesquisadores, pessoas com esse perfil de depressão representam até 30% da população que sofre com a doença. Agora, o foco dos pesquisadores é descobrir formas de inserir a molécula em maiores quantidades na vida das pessoas.

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