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Cientistas criam implante vaginal para proteger mulheres do HIV

O estudo revela uma nova maneira de combater a transmissão do vírus da aids

20 abr 2018 - 16h20
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Na última segunda-feira (16), foi publicado um estudo realizado pelos cientistas da Universidade de Waterloo (Canadá), sobre um implante vaginal desenvolvido por eles, para combater a transmissão do HIV em mulheres.

O novo dispositivo tem como objetivo diminuir o número de células que o vírus HIV pode atingir no trato genital da mulher. O implante se diferencia dos métodos convencionais de prevenção do HIV, como preservativos e medicamentos anti-HIV, pois aproveita a imunidade natural de algumas mulheres contra o vírus transmissor da Aids.

Segundo a pesquisa, o HIV contamina o corpo ao corromper as células T mobilizadas pelo sistema imunológico quando ocorre a invasão. Quando essas células não tentam combater o vírus, consequentemente, elas não são infectadas. O nome dado a esta estratégia é quiescência imunológica.

De acordo com o estudo, o implante é composto por um tubo oco e dois "braços" flexíveis para que ele fique no lugar. O implante vaginal dissemina lentamente hidroxicloroquina (HCQ) através do material poroso do tubo, posteriormente é absorvida pelas paredes do trato genital.

Vantagens da nova técnica

"Sabemos que alguns medicamentos tomados por via oral nunca chegam ao trato vaginal, então este implante poderia fornecer uma maneira mais confiável de incentivar as células T a não responderem à infecção e, portanto, prevenir a transmissão de maneira mais confiável e barata", disse Emmanuel Ho, pesquisador responsável pelo projeto, em entrevista para o site de notícias da Universidade de Waterloo.

Ele ainda conta que não sabe se essa será uma opção independente para prevenir a transmissão do HIV. Outra opção para o uso do implante pode ser em conjunto com outras estratégias de prevenção. De qualquer forma, ele pretende realizar outras pesquisas para que essas perguntas sejam sanadas.

O que é HIV?

O HIV é uma infecção sexualmente transmissível (DST), que também pode ser contraída pelo contato com o sangue infectado e de forma vertical, ou seja, a mulher que é portadora do vírus HIV o transmite para o filho durante a gravidez.

O vírus HIV não é a mesma coisa que aids. A aids é uma doença crônica e que pode ser potencialmente fatal. Ela acontece quando a pessoa infectada pelo HIV vai tendo o seu sistema imunológico danificado pelo vírus, interferindo na habilidade do organismo de lutar contra os invasores que causam a doença, além de deixar a pessoa suscetível a infecções oportunistas. Conheça as diferentes fases da doença, clicando aqui.

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