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Chikungunya matou mais do que a dengue e zika em 2017

Boletim epidemiológico feito pelo Ministério da Saúde mostrou que foram 173 óbitos por chikungunya, 141 por dengue e 2 por zika no ano passado

26 jan 2018 - 15h58
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Enquanto não ganhamos a luta contra o mosquito Aedes aegypti, ele continua a transmitir os vírus dengue, zika e também o chikungunya. Apesar do foco da maioria das pessoas ser na dengue e no zika vírus, é a febre chikungunya que tem mais crescido no país.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, a chikungunya matou 173 pessoas em 2017, mas que a dengue (141 pessoas) e do que a zika (2 pessoas). Os dados se referem ao período entre janeiro até a última semana de dezembro de 2017. No entanto, os números ainda podem mudar já que há outros casos em investigação.

O crescimento de mortes entre vítimas do chikungunya chama atenção devido ao fato da rapidez com o qual se espalho. Em 2015, por exemplo, foram confirmadas 14 mortes -- com um salto de mais de 1000% para 2016, quando foram registradas 159 mortes.

Embora a febre chikungunya tenha um maior número de óbitos, o número de casos é menor do que a dengue, isso significa que a doença tem maior letalidade. ?A principal questão é a falta de testes que permitam o diagnóstico precoce, e, com isso, o tratamento mais adequado?, diz Expedito Luna, professor do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo, em entrevista ao G1.

Em saúde pública, a letalidade é um indicador usado para medir a gravidade de uma doença e é calculado pela proporção do número de óbitos em relação a quantidade de infectados. Nos dados coletados em 2017, o Ministério da Saúde não contabilizou bebês natimortos ou abortos.

O número de óbitos pode estar relacionado com a falta de um tratamento especifico para chikungunya, indicam especialista. Para limitar a transmissão do vírus, os pacientes devem ser mantidos sob mosquiteiros durante o estado febril, evitando que algum Aedes aegypti o pique, ficando também infectado.

Segundo o boletim do Ministério da Saúde, foram registrados menos casos prováveis de dengue em 2017, 252.054 casos contra 1.483.623 em 2016. Já o chikungunya, teve o seu pico em 2016: sendo que 38.499 casos ocorrem em 2015, 277.882 casos em 2016 e 185.737 casos em 2017. Os casos prováveis de zika diminuíram ao longo do tempo: em 2016 (início dos registros), foram registrados 216.07 casos prováveis; em 2017, esse número caiu para 17.452.

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