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Casos de diabetes crescem no Brasil

Pesquisa mostra que que em 10 anos o números de pessoas com diabetes cresceu 61% em maiores de 18 anos

14 nov 2017 - 14h02
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Um dia é o chocolatinho depois do almoço, no outro o exercício físico que é deixado de lado. Na hora de encontrar os amigos é difícil se controlar para beber pouco, sem falar que o trago no cigarro deixa o gosto da cerveja muito mais saboroso. Hábitos como esses são cada vez mais rotineiros entre os brasileiros e têm contribuído, entre muitas consequências para a saúde. para o aumento da diabetes no Brasil.

Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde mostra que em 10 anos o números de pessoas com diabetes cresceu 61% em maiores de 18 anos que moram em capitais. Para se ter uma ideia, entre 2006 e 2016, o número de pessoas que dizem saber do diagnóstico de diabetes passou de 5,5% para 8,9%. As mulheres lideram o ranking: 9,9% da população feminina declarou possuir a doença contra 7,8% dos homens.

O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue.

A diabetes não é uma doença nova. No entanto, muitos dos hábitos da modernidade têm contribuído para que ela se dissemine em âmbito mundial. Por exemplo, atualmente é muito mais comum fazer as refeições fora de casa, isso faz com que não se tenha muito controle do que é ingerido ou dos ingredientes utilizados para preparar o alimento. Como consequência, o consumo de alimentos processados, ricos em sódio e açúcares aumenta.

Da mesma forma a falta de prática de exercícios físicos também contribui para essa realidade. Quem mora nas capitais sabe que a necessidade de chegar rápido aos locais inviabiliza o hábito de andar a pé. Os compromissos da rotina, muitas vezes, também acabam inviabilizando a prática de exercícios físicos.

O Diagnóstico Nacional do Esporte de 2016, pesquisa realizada pelo Ministério do Esporte aponta que 46% da população brasileira é sedentária. O estudo considerou como sedentários os entrevistados que declaram não ter feito nenhuma atividade física em 2013, no universo de 8.902 entrevistas domiciliares.

Mudança de hábitos

Existem diversas explicações capazes de justificar os nossos hábitos. No entanto, mais do que tentar justificá-los é preciso e possível fazer transformações em nossas vidas.

Ter uma alimentação equilibrada é um dos principais pilares para a prevenção do diabetes. De acordo com o endocrinologista Fádlo Fraige, presidente da Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad), ingerindo mais calorias do que se gasta, a tendência é que o ponteiro da balança suba, por isso, elaborar refeições ricas em verduras, legumes e frutas e moderar o consumo de carboidratos e proteínas pode ser útil.

De acordo com o endocrinologista Balduíno Tschiedel, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, exercícios também são fundamentais para ficar longe do diabetes tipo 2. Ninguém precisa fazer uma grande mudança na rotina para atender a esse quesito. "Cerca de 30 minutos de caminhada diariamente já é o bastante para afastar o risco de desenvolver a doença", aponta o especialista. Se possível, entretanto, associe exercícios aeróbicos com atividades que exigem força muscular para queimar calorias e definir o corpo.

O diagnóstico do diabetes muitas vezes é feito quando médicos diversos, como ginecologistas, solicitam uma bateria de exames. Mas ao invés de depender desses especialistas, que tal definir uma data para realizar seus check-ups médicos anualmente? "Dentre os exames solicitados costuma aparecer o de glicemia de jejum e, caso haja suspeita de diabetes, um teste de hemoglobina glicada", explica o endocrinologista Fádlo. O primeiro indica as taxas de açúcar no sangue no momento do exame. O segundo, esses mesmos índices nos últimos 90 dias.

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