PUBLICIDADE

Caso Fernanda Young: quando a asma pode ser fatal?

Atriz e roteirista morreu domingo (25) após uma crise de asma; entenda quando a doença leva a óbito

26 ago 2019 - 12h23
(atualizado às 15h29)
Compartilhar
Exibir comentários

A atriz e roteirista Fernanda Young faleceu no domingo (25) aos 49 anos após uma crise de asma. Ela estava no sítio da sua família quando passou mal devido à doença respiratória, que tinha desde a infância. A crise levou a uma parada cardiorrespiratória. Fernanda foi levada de ambulância ao hospital, mas os médicos não conseguiram reanimá-la.

Fernanda Young
Fernanda Young
Foto: Getty Images / Minha Vida

A roteirista foi autora de séries de sucesso, como "Os Normais", "Minha Nada Mole Vida", "Os Aspones" e "Shippados". Ela tinha quatro filhos: Cecília Maddona, Estela May, de 19 anos; Catarina Lakshimi, de 10 anos; e John Gopala, também de 10 anos.

Asma pode matar?

Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, variável e reversível espontaneamente ou com tratamento. Durante a crise de asma, os brônquios se inflamam e reduzem a passagem de ar, causando os sintomas de tosse, falta de ar, chiado e aperto no peito.

https://www.instagram.com/p/BumCT9Ign7M/

De acordo com Alexandre Kawassaki, pneumologista do Hospital 9 de Julho, a asma pode matar, mas é raro. "Isso acontece pelo seguinte: a asma é uma doença em que você tem um fechamento dos brônquios e a pessoa não consegue respirar. Com o decorrer da crise, vai começando a faltar oxigênio, levando a cansaço. Se for progredindo, é possível que falte oxigênio no coração e no cérebro, que são os dois órgãos mais vitais", explica o médico.

Como identificar uma crise grave de asma

De acordo com Milena, a crise grave leva a falta de ar, chiado no peito, mais cansaço do que habitualmente, tosse, dificuldade para respirar. Diante destes sintomas, o paciente usa o broncodilatador. Se, após dois jatos, os sintomas não melhorarem, é necessário tomar o medicamento corticoide indicado pelo médico em consulta e ir ao pronto-socorro. 

Lá, a equipe avalia a oxigenação e consegue oferecer medicação corticoide para tratar a asma, além de inalação de oxigênio. Há alguns casos em que o paciente é entubado.

O que fazer para evitar crises de asma

A asma é uma doença crônica. O avanço da medicina fez com que ela fosse ficando cada vez menos letal, pois há medicação de controle das crises.

Por isso, o pneumologista Alexandre recomenda que quem tem asma esteja em dia com as consultas médicas, os exames e a medicação que for indicada, mesmo que a asma tenha sintomas leves. "O problema é que tem pessoas com asma de poucos sintomas. Ela não tem muitas crises mas, quando tem, é grave. Aí a importância da medicação contínua", completa.

A pneumologista Milena reforça que só em consulta de rotina é possível saber exatamente quais medicações devem estar sempre à mão para o caso de uma crise grave.

Tudo sobre asma

Asma grave: sintomas, tratamentos e causas

Evite as crises de asma com esses nove cuidados

Esclareça dúvidas sobre medicamentos que tratam a asma

Milena Tenório Cerezoli, pneumologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, ressalta: "A asma é uma doença comum, atinge 18% da população e, no Brasil, 25%. Apesar de prevalente, tem uma mortalidade baixa. Nem 1% das pessoas internadas por asma acaba morrendo"

Minha Vida
Compartilhar
Publicidade
Publicidade