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Atriz revela ter "apagões" durante crises de epilepsia

Júlia Almeida, filha do escritor Manoel Carlos, sabe da doença desde os 8 anos de idade

23 mar 2018 - 09h50
(atualizado às 11h44)
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Ter uma doença crônica não é fácil: além de ter de enfrentar todas as consequências da doença e mudanças de estilo de vida, muitos desses quadros ainda causam um grande preconceito na sociedade.

É por isso que mesmo sabendo sobre sua epilepsia desde os 8 anos de idade, a atriz Júlia Almeida, filha do escritor Manoel Carlos, só decidiu falar abertamente sobre isso aos 35 anos ao blog da jornalista Marina Caruso, no site do jornal O Globo.

Foto: Reprodução/Instagram

A atriz já estrelou novelas do pai, como "Laços de Família" e "Mulheres Apaixonadas" e recentemente participou da novela "Tempo de Amar", exibida no horário das 6 da Rede Globo.

Apagões e uso de remédios

A atriz prefere usar o termo "condição neurológica", para não tratar o epilético como uma pessoa doente.

Na próxima segunda-feira (26) às 20h, ela fará uma mesa redonda no auditório do Jockey Club no Rio de Janeiro com especialistas no assunto, aproveitando o Dia Mundial da Epilepsia.

Segundo o que ela contou à Caruso, o diagnóstico surgiu aos 8 anos de idade, depois de ter uma meningite e convulsões. "Aí, fiquei a vida toda bem e, oito anos atrás, as crises voltaram", relata.

Apesar de a doença ser mais conhecida pelas convulsões que ocasiona, o quadro de Júlia (que é controlado por medicamentos) costuma apresentar mais crises de ausência, ao que a atriz chama de "apagões".

Com isso, ela precisa tomar alguns cuidados. "Não posso dirigir sozinha, controlo a ingestão de bebidas (no máximo uma ou duas taças) e só agora, aos 35 anos, com a vida bem regrada, é que começo a pensar em engravidar", relata ao blog do jornal O Globo.

Mas afinal, o que é epilepsia?

É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos e se expressa por crises repetidas.

As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:

  • A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada como "ataque epiléptico". Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar
  • A crise do tipo "ausência" é conhecida como "desligamentos". A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é percebida pelos familiares e/ou professores
  • Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoas estivesse "alerta" mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial complexa.

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