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Adolescentes e jovens adultos se sentem mais solitários que idosos

Impactos da solidão podem até mesmo aumentar as chances de morte prematura

30 mai 2018 - 19h03
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Muitas pessoas podem acreditar que os idosos são os maiores alvos da solidão. Isto porque, comumente, essa parcela da população é impactada com a morte de seus parceiros, sofrem com o abandono e também tendem a sair menos de casa por conta da saúde fragilizada. Porém, segundo um estudo publicado pelo Business Insider, o público que mais sofre com a solidão são os adolescentes e jovens adultos.

A solidão pode ser sentida por pessoas que estão rodeadas de amigos, e até mesmo casadas. Isto porque muitas vezes, indivíduos jovens podem se sentir deslocados dentro de seus círculos sociais, não se identificando com os colegas a sua volta. O mesmo serve para o casamento: Muitas vezes, a qualidade do relacionamento faz com que nos sintamos sozinhos mesmo estando com alguém.

A solidão faz mal para a saúde

Independente de quem sinta a solidão, ela traz malefícios para o corpo e mente. Por exemplo, um estudo publicado pelo periódico PubMed Central, mostra que sentir-se solitário pode aumentar os níveis de hormônios causadores do estresse, que estão relacionados ao surgimento de doenças cardíacas, diabetes e demência. Um outro estudo publicado pela Associação Americana de Psicologia, revelou que a solidão aumenta os riscos de morte prematura em até 50%.

Por mais que os idosos não sejam as principais vítimas da solidão, é necessário atentar-se a saúde deles. Indivíduos maiores de 65 anos apresentam maiores riscos de desenvolver problemas de saúde, e podem ter o bem estar ainda mais fragilizado caso sintam-se frequentemente solitários.

Solidão na fase adulta

Segundo um estudo feito pela Universidade de Chicago, apenas 30% dos adultos sentem-se solitários frequentemente. "Adultos e idosos não devem ser o único foco quando estudamos os efeitos da solidão e do isolamento social. Precisamos buscar os efeitos da solidão em todas as idades, até porque, nossas pesquisas indicam que o público jovem sofre mais do que se pensava com os efeitos da solidão", diz Holt-Lunstad, uma das autoras do estudo, em entrevista ao The New York Times.

"É necessário que reconheçamos que socializar-se com outros é uma necessidade humana básica. Não podemos excluir os riscos existentes em ser uma pessoa socialmente isolada, mesmo que esta pessoa não se sinta solitária?, acrescenta Holt.

Estar sozinho x estar solitário

Estar sozinho e estar solitário são duas coisas diferentes. Por mais que pessoas idosas possam estar sozinhas a maior parte do tempo, isto não significa que elas estão infelizes em relação a isso. É preciso autoconhecimento e autoestima para entender a importância de aproveitar a própria companhia, e por conta da idade, os idosos tendem a ter mais experiência e resiliência frente a este assunto.

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