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Alegria é o melhor presente para o Dia das Crianças

11 out 2017 - 13h20
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Dia das crianças. Semana das crianças. Data bonita, desperdiçada muitas vezes em comemoração superficial. Como assim? Explico. Acompanhe-me.

Com o passar dos anos, de maneira geral, nosso “ao redor” se desespiritualizou, perdeu densidade e encanto. O consumismo engoliu grande porção do mundo e segue roendo nosso cotidiano. O universo infantil não fica à margem, tragado também.

Foto: altanaka / iStock

Na data de homenagem às crianças, o que mais se vê é uma corrida para os pacotes. Elas querem carrinhos, bonequinhas, presentinhos vazios que, malfadados, incentivam o consumismo.

O que penso? No Natal, no aniversário, de forma sensata, vale; mas há um exagero, um desperdício em presentear a torto e a direito, qualquer hora, qualquer ocasião, qualquer proposta.

O ideal é trocar o badulaque material (que, aliás, quebrará ou ficará jogado no canto em poucos dias) por um presente marcante, que permita riqueza e ampliação do conhecimento e da experiência. Um presente, então, que carregue consigo uma pitada de espiritualização.

Como assim? Fácil. Algo que se realize em conjunto, em parceria, que vá crescendo e ganhando força e direção na medida em que se desdobra e se torna único. Falo de brincadeira, passeio, conversa, interação.

Quer coisa melhor do que, em clima lúdico, jogar um pouco de bola? Um pique-esconde? Caminhar pelas redondezas? Interagir com a música? Com o cinema? Investigar e descobrir coisas novas? Cozinhar um prato gostoso? Inventar uma história? Compartilhar um livro? Um jogo de tabuleiro ou de armar? As tintas e os lápis de cor? As plantas no vaso ou no jardim? O pet da casa, os pássaros nos fios elétricos, a praça, o parque, o zoológico? Possibilidades que se espiritualizam facilmente.

O presente espiritualizado é assim. Não é dado embrulhadinho para a criança cotidiana. Ele é dividido entre crianças eternas, independente da idade cronológica: pais e filhos, tios e sobrinhos, avôs e netos, etc.

Como indica Fernando Pessoa (no Poema do Menino Jesus, oitavo do ciclo “O guardador de rebanhos”): trata-se daquela espiritualizada força de pureza que nos habita, um pouco da infância que conservamos com a gente, tesouro profundo e de grande valor, motivação de uma vida mais plena, satisfatória, válida.

O presente espiritualizado é assim. No momento em que nós o compartilhamos, ele contempla também a criança que fomos e que continuamos sendo nas nossas fontes secretas, no nosso amor desinteressado por tudo que é verdadeiro, bondoso, belo, correto, valoroso e feliz. Troque o consumismo por um presente assim: que encanta a vida com alegria e energia, riso e crescimento.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

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Fonte: Marina Gold
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