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MMA: conheça os impactos dessa prática no seu corpo

5 jun 2012 - 13h23
(atualizado às 13h25)
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O MMA (sigla em inglês para Mixed Martial Arts – artes marciais mistas) virou uma febre no Brasil, aumentando o número de adeptos desse esporte nos últimos anos. Porém, o MMA gera polêmica em relação aos reflexos que pode ter na saúde de seus praticantes. “Esse é um esporte de contato e impacto, porém, se bem praticado, ele não oferece mais riscos do que a prática de esportes como o futebol”, defende o ortopedista Fabio Costa, da Confederação Brasileira de Artes Marciais Mistas.

A prática das artes marciais mistas fortalece ps músculos, dá resistência e emagrece, mas exige orientação para não trazer riscos à saúde
A prática das artes marciais mistas fortalece ps músculos, dá resistência e emagrece, mas exige orientação para não trazer riscos à saúde
Foto: Getty Images

Quando o assunto é MMA as restrições para a prática dependem muito do caso. Segundo Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (Sbmee), esse esporte não é muito recomendado para adolescentes, que por estarem em crescimento ainda possuem pontos mais frágeis na estrutura óssea, e pessoas acima dos 45 anos, que têm mais facilidade para desenvolver problemas nas cartilagens e articulações. No entanto, isso não significa que essa prática seja proibida para essas pessoas. “Assim como em qualquer atividade física, antes de iniciar um treinamento de MMA a pessoa deve passar por uma avaliação médica, física e nutricional. Dessa forma, vai saber quais são os limites do próprio corpo e poderá detectar e prevenir futuras lesões”, explica Costa.

Outro cuidado essencial para a prática segura desse esporte é contar com uma orientação especializada. “Sempre prefira profissionais, que além de especializados nas artes marciais mistas, ainda tenham uma formação em educação física. O instrutor graduado tem mais conhecimentos para garantir a segurança da prática para que sua busca por uma vida mais saudável não se torne um problema para sua saúde”, indica Souza.

Durante o treinamento de MMA o atleta é coberto por diversas proteções, para que não corra tantos riscos de se machucar. “O risco de dano cerebral causado pelo boxe é sete vezes maior do que o do MMA, pois neste segundo esporte a exposição do lutador é menor”, afirma Costa. Esse esporte antigamente era conhecido como vale tudo, mas atualmente já possui várias regras que diminuíram a conotação de violência. De acordo com Souza, a prática não profissional do MMA também oferece risco de lesão. Porém, por ser feita em um ambiente controlado com o objetivo de melhorar a qualidade de vida, não chega a causar danos sérios, como acontece em campeonatos. “Nesses casos é melhor evitar golpes na região da cabeça e abdômen, que são os mais perigosos”, afirma ele.

Se seu objetivo não é se tornar um lutador o MMA pode ser uma ótima forma de ganhar força, resistência e perder peso. “Durante o treino o aluno faz movimentos em pé, sentado e deitado e acaba trabalhando o corpo de uma forma mais ampla”, afirma Costa. Outra vantagem, é que o MMA é um esporte considerado funcional, pois exige que o praticante realize movimentos que usa realmente no cotidiano, ao levantar uma caixa pesada e colocá-la em outro local, por exemplo.

De acordo com Souza, a prática do MMA, assim como de outras lutas, é uma boa opção para quem procura uma atividade para aliviar o estresse. Esse esporte, como o próprio nome indica, é uma mistura de lutas como muay thai, kickboxing, jiu jitsu. “As artes marciais estão inseridas no MMA, assim como suas filosofias. Por isso, se bem praticada, também trabalha o equilíbrio, o autocontrole, capacidade de autodefesa, disciplina e a capacidade de canalizar a agressividade”, explica Costa. De acordo com ele, o MMA ainda estimula o desenvolvimento mental, pois, além do trabalho físico, o atleta precisa desenvolver uma estratégia escolhendo a melhor forma de aplicar as técnicas conhecidas para derrotar o oponente.

Fonte: Terra
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