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Método do coito interrompido é reabilitado em estudo inédito

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Por muitos anos os educadores sexuais e a população em geral consideraram o coito interrompido (quando em uma relação, o homem retira seu pênis antes do orgasmo)como um último recurso para evitar uma gravidez. Um estudo publicado no jornal New York Times e divulgado na revista especializada Contraception mostrou que ele pode ser tão eficaz quanto o uso de preservativos.

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Conduzido pela Dra Rachel K. Jones, pesquisadora sênior do Instituto Guttmacher de Nova Iorque, especializado em assuntos referentes a reprodução humana, o estudo mostrou que o coito interrompido pode levar a gravidez em 18% das vezes, enquanto com a camisinha a taxa de erro é de 17% (existem outras formas mais eficientes já que o índice de erro da pílula é de 8%, anticoncepcionais injetáveis 3% e DIU, 16%. Dispositivos intra-uterinos tem a menor propensão a falhar, menos de 1%). A pesquisa mostrou que as pessoas devem entender que o coito interrompido pode ser muito eficiente quando utilizado de forma correta e consistente.

Mais do que advogar em detrimento do coito interrompido, a ideia dos pesquisadores foi mostrar que ele não deve ser desprezado, uma vez que as pessoas não o vêem hoje como um método. Segundo os autores, "existe um preconceito generalizado quanto a estudar ou legitimar essa forma de evitar a gravidez indesejada, devido à preferência de todos em se usar métodos modernos ou à crença de que o fluído pré-ejaculatório (que lubrifica a uretra para a passagem do esperma) contenha espermatozóides, apesar da falta de evidências concretas".

Além dos dados estatísticos, os pesquisadores conduziram também entrevistas para colher os hábitos sexuais das pessoas e verificou que a maioria utiliza o coito interrompido como forma de anticoncepcional. Um dos entrevistados chegou a dizer que "permite você fazer sexo, sem cheiros e sem química".

Obviamente que no quesito proteção contra doenças venéreas, o coito interrompido é totalmente falho. A camisinha ainda é muito eficaz nesse sentido, inclusive contra o vírus da AIDS. Além disso, as conclusões do estudo são mais voltadas a casais em relações estáveis do que a encontros sexuais eventuais. Segundo a Dra Martha Kempner do Sexuality Information and Education Council of the United States, "um rapaz até bem intencionado pode errar na hora H e só fazer (retirar o pênis, no caso) depois do momento que disse que faria". Ou ainda como bem resumiu uma estudante nos comentários do site teen CollegeCandy: "eu nunca confiaria que um cara qualquer vai conseguir tirar no momento certo em todas as vezes". Pelo visto, bom senso ainda é o melhor anticoncepcional.

Fonte: Especial para Terra
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