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Homens investem em tratamentos estéticos para combater a barriguinha

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O passar dos anos, a vida sedentária e a alimentação desregulada trouxeram uma companhia indesejada ao analista de segurança da informação Roberto Bastos de Almeida Telles, de 45 anos: a barriguinha. Há um mês e meio, decidiu tomar providências. Segue a dieta recomendada por uma nutricionista, vai à academia e lança mão de um tratamento estético que promete combater o incômodo por meio de ondas de ultrassom.

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Está mais do que claro que o tempo em que vaidade era "coisa de mulher" passou. Os homens têm se cuidado mais. Com isso, alternativas variadas para melhorar a aparência entram no rol de investimento de muitos deles, apesar de ainda serem em menor número que as mulheres. Representaram, por exemplo, 12% das cirurgias plásticas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Também marcam presença nas clínicas de estética. Na Dicorp, do Rio de Janeiro, possuem até uma sala especial com entrada privativa.

No caso de Telles, o interesse em dar adeus à famosa "pochete" tem uma pitada feminina significativa. "A minha namorada é extremamente vaidosa. Por eu admirá-la e ela me incentivar a me cuidar, resolvi procurar soluções. É muito importante para a saúde, independentemente da parte estética."

Barriguinha

Eliminar a temida concentração de gordura na barriga é realmente uma questão de autoestima e saúde para homens e mulheres. Além de o diâmetro abdominal ser frequentemente associado a doenças, como as cardiovasculares (sobretudo quando a gordura é visceral), uma pesquisa da Sociedade Americana de Câncer, divulgada neste mês, ainda afirmou que as pessoas que apresentam o inconveniente acúmulo (mulheres com cintura acima de 110 cm e homens com mais de 120 cm) têm risco de morte duas vezes maior do que as que não têm esse excesso. Barriga volumosa ainda desloca o centro de equilíbrio do corpo, prejudicando a postura.

Vale mencionar que há diferentes tipos de gordura. O homem tende ao maior armazenamento da visceral (a mais perigosa), que não pode ser removida cirurgicamente, somente com a perda de peso. "O intestino é preso às costas pela membrana mesentério, composta de tecido gorduroso, que aumenta de volume quando engordamos, tornando assim o volume visceral cada vez maior, elevando a pressão sobre a parede abdominal", explicou o cirurgião plástico Vitório Maddarena, de São Paulo.

Já a mulher faz mais depósito na parede abdominal, que conta com uma camada de tecido adiposo, entre a musculatura e a pele, em que as células de gordura aumentam e diminuem de tamanho, sendo a quantidade sempre a mesma. "Quando uma pessoa tem uma região com gordura localizada (lipodistrofia) é porque há mais células de gordura do que deveria haver. Então, a única maneira eficaz de tratar é diminuir o número de células por meio da lipoaspiração."

Maddarena acrescentou que, caso alguém engorde muito, como em uma gravidez, os músculos abdominais se afastam e deixam uma região central sem ação muscular, mesmo com a volta do peso anterior. Isso gera a desagradável curvatura abdominal mais proeminente.

Diferenças entre os sexos

Segundo o cirurgião plástico Alan Landecker, de São Paulo, os organismos femininos e masculinos apresentam particularidades durante ou após as cirurgias plásticas. As intervenções tendem a ser mais complexas tecnicamente em pacientes homens, porque costumam sangrar e inchar mais. "Isso porque a vascularização da pele é maior e possuem maior número de glândulas na pele." Por conta do inchaço, o tempo de recuperação é extendido.

Na hora de eliminar gordurinhas localizadas com a lipoaspiração, o sexo masculino leva vantagem. O médico disse que a tendência a apresentar pele mais grossa faz com que seja mais elástica e com menos flacidez. Dessa forma, costuma ter excelente retração, se moldando facilmente ao novo contorno.

Fonte: Especial para Terra
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