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Laqueadura pode ser revertida com sucesso; saiba como

17 mai 2012 - 09h22
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Um dos métodos de controle de natalidade mais antigos e polêmicos, a cirurgia de laqueadura é um procedimento que rompe as tubas (ou trompas) uterinas que fazem a ligação entre os ovários e o útero. Dessa forma, a mulher não pode mais engravidar, pois é dentro desse túnel que o óvulo encontra o espermatozoide e há a fecundação. Caso a mulher se arrependa e queira novamente ter filhos, o sucesso ou não de uma tentativa de reversão vai depender da forma como foi realizada a cirurgia.

A cirurgia de laqueadura pode ser desfeita se ela for realizada levando-se em consideração a possibilidade de uma futura reversão
A cirurgia de laqueadura pode ser desfeita se ela for realizada levando-se em consideração a possibilidade de uma futura reversão
Foto: Dreamstime / Especial para Terra


"É possível, desde que a cirurgia de laqueadura tenha sido feita levando-se em consideração a possibilidade de uma futura reversão", diz o médico Jorge Haddad Filho, especialista em reprodução assistida da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Se for retirada uma parte muito grande da tuba, ou se houver uma cauterização muito extensa, a reversão pode ficar prejudicada ou impedida.



Quando uma mulher tem as tubas uterinas rompidas, a ovulação continua. O que ocorre é que o óvulo liberado não consegue seguir seu caminho através da tuba e, por isso, não ocorre a fecundação do óvulo com o espermatozoide. Se a laqueadura, não puder ser revertida, a mulher pode engravidar por meio de um método de reprodução assistida.



Bons resultados

Os melhores resultados de reversão são obtidos por meio de microcirurgia de recanalização tubária. Segundo Haddad Filho, por meio desta técnica, a volta das funções é conseguida em mais de 90% das ocasiões. Depois disso, se não houver outro impedimento, a gravidez poderá ocorrer naturalmente.

A cirurgia de laqueadura é um assunto controverso, pois envolve questões sociais, religiosas e econômicas. Contudo, o procedimento pode ser indicado para mulheres com muitos filhos, com distúrbios que impeçam o uso da pílula anticoncepcional ou nos casos em que a gravidez representa riscos graves à saúde.

Fonte: Cross Content
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