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FIV evolui desde o primeiro bebê de proveta; confira

22 ago 2012 - 09h08
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Em 25 de julho de 1978, nascia Louise Brown, a primeira ¿bebê de proveta¿ do mundo. A expressão designa as crianças cujas mães passaram por tratamento de fertilização

Desde 1978, quando nasceu o primeiro "bebê de proveta" do mundo, muita coisa mudou no mundo da reprodução assistida. O tratamento ficou mais fácil para os médicos e mais acessível para a população
Desde 1978, quando nasceu o primeiro "bebê de proveta" do mundo, muita coisa mudou no mundo da reprodução assistida. O tratamento ficou mais fácil para os médicos e mais acessível para a população
Foto: Shutterstock
in vitro

(FIV). Desde então, muita coisa mudou no mundo da reprodução assistida. O tratamento ficou mais fácil para os médicos e mais acessível para a população.



Uma das maiores evoluções foi a técnica da injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI), estabelecida em 1992, que aumentou as taxas de gravidez principalmente em tratamentos de homens com baixa concentração dessas células. "Mas isso se replicou para outros fatores também. Esse método aumenta muito as taxas de sucesso em geral", explica Pedro Augusto Monteleone, responsável pelo setor de reprodução humana do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.



O desenvolvimento técnico também facilitou o tratamento, seja para o médico, seja para os pacientes. Um exemplo disso é o modo como é feita a estimulação ovariana. As primeiras FIVs não contavam com o processo de indução ovulatória. As injeções de hormônio foram introduzidas no início da década de 80, o que aumentou as chances de implantação do embrião. Ainda assim, esses hormônios tinham mais efeitos colaterais que os atuais e sua aplicação era feita por injeções intramusculares, que precisavam ser ministradas por outra pessoa. "Houve um avanço na produção do hormônio. E as aplicações hoje são subcutâneas e superamigáveis", afirma o médico. Atualmente, a própria mulher pode aplicar o medicamento.



Além disso, as primeiras técnicas de captura dos óvulos eram laparoscópicas (uma cirurgia minimamente invasiva). Atualmente, a técnica de aspiração é feita com uma agulha acoplada ao aparelho de ultrassom transvaginal. "É absolutamente mais confortável para a paciente e para o médico, com uma excelente taxa de captura de óvulos', comenta Pedro.



O especialista ressalta também a evolução dos materiais utilizados no tratamento, como o ultrassom. O sistema microscópico, as incubadoras que congelam os embriões, óvulos e espermatozoides e os cateteres utilizados também têm uma qualidade maior, facilitando o trabalho dos médicos. "Tudo isso traz conforto para o paciente e para o médico, algo inimaginável há 20 anos", afirma.



Taxas de sucesso

Essa evolução técnica, no entanto, não se reflete necessariamente no aumento das chances de gravidez. "O tratamento evoluiu para um conforto muito maior. Isso teve um impacto direto no resultado? Em muitos casos, parece que não", acredita.



Embora atualmente as taxas de gravidez sejam muito maiores do que na época de Louise Brown, pouca mudança foi notada na última década. "Existe um limite do tratamento. Hoje, a gente trabalha com taxas de sucesso entre 40 e 50%, que é um resultado muito bom", diz Pedro.



Aumento da procura

Segundo dados da International Committee Monitoring Assisted Reproductive Technologies (Icmart), é estimado que mais de 5 milhões de bebês tenham nascido pelo método nos últimos 34 anos - muito mais que o 1 milhão contado em 2001. Atualmente, em torno de 350 mil bebês nascem por ano graças ao procedimento.



O aumento do conforto para as mulheres e da facilidade para os médicos foi um dos maiores motivos para a elevação da procura pela FIV. Isso levou a um crescimento no número de clínicas que oferecem o tratamento. "Hoje, não há uma capital do Brasil que não tenha uma boa clinica, com boas taxas de gravidez", diz o especialista.



Os custos do tratamento atualmente são muito mais acessíveis. "O tratamento ficou mais barato pelo avanço das técnicas. Também o custo do remédio diminuiu", explica ele.



Mais do que o barateamento do tratamento, Pedro credita o aumento da procura do tratamento à elevação do poder aquisitivo da população. A maior presença da mulher na vida profissional também contribuiu. "A mulher entrou no mercado de trabalho e atrasou o seu período de maternidade. Isso faz com que as condições biológicas naturais diminuam as chances de ela engravidar naturalmente", afirma.



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Fonte: Cross Content
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