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Entenda os diferentes métodos de reprodução assistida

16 mai 2012 - 09h22
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A medicina oferece diversas técnicas de reprodução assistida para auxiliar os casais que estão encontrando dificuldades de engravidar. A escolha do tratamento envolve uma decisão médica, que não está necessariamente ligada ao método "preferido" do casal, nem à taxa de sucesso de cada um deles. A definição leva em consideração os diagnósticos sobre as causas da infertilidade.

Para ajudar os casais que estão encontrando dificuldades para engravidar, a medicina oferece como tratamento as técnicas de reprodução assistida
Para ajudar os casais que estão encontrando dificuldades para engravidar, a medicina oferece como tratamento as técnicas de reprodução assistida
Foto: Shutterstock / Especial para Terra


Por ter níveis de complexidade bem distintos, o grau de eficiência de cada tratamento também varia. De acordo com Antônio Carlos Franco, especialista em reprodução humana e diretor-clínico do consultório Embryolife, de São José dos Campos (SP), o objetivo dos tratamentos de baixa complexidade é fazer com que um casal com problemas de fertilidade tenha por volta de 25% de chances de engravidar. Já nos métodos de alta complexidade, o nível de sucesso aumenta para cerca de 40%.



Segundo o especialista, no caso de mulheres mais velhas, até mesmo as técnicas de alta complexidade se mostram menos eficientes. "A idade da paciente sempre influencia muito em uma tentativa de gravidez. Mesmo na reprodução assistida, esse é um fator que conta. Os níveis de sucesso de um tratamento podem cair por conta da falta de qualidade que um óvulo mais velho apresenta", explica Franco.



Técnicas de baixa complexidade

As técnicas de baixa complexidade incluem a relação programada e a inseminação intrauterina. O procedimento é quase que o mesmo para ambos os métodos. Eles só se diferenciam na hora da tentativa da fecundação.

Os dois tratamentos se iniciam logo nos primeiros dias do ciclo menstrual da mulher. O primeiro passo é a estimulação ovariana, que é feita por meio de uma medicação a base de hormônios. A paciente vai tomar ou aplicar esse remédio por um período de 10 a 12 dias.

Algumas mulheres podem tomar esses hormônios via oral. Essa medicação é indicada para pacientes mais jovens. Mas, na maioria das vezes, a estimulação é feita com medicação subcutânea (injeções).

Além da medicação, a paciente deve ir periodicamente à clínica para que o médico avalie as condições dos folículos (células existentes nos ovários e que liberam os óvulos). Passado o período da estimulação, a mulher aplica um hormônio que acelera a ovulação. Dessa forma, o especialista tem como calcular quando será o momento fértil.

Depois de 36 horas da medicação, a mulher ovula. Se o método for o da relação programada, a paciente vai para casa e faz as tentativas de concepção de maneira natural. No caso da inseminação intrauterina, o médico faz o procedimento de liberação dos espermatozoides dentro do útero. Para isso, o sêmen do marido é recolhido previamente, processado em laboratório e depois inserido no corpo da mulher por meio de um cateter.

Após os procedimentos, é só aguardar 12 dias para fazer o tão esperado exame de sangue que vai confirmar a gravidez ou não.

Técnicas de alta complexidade
São consideradas de alta complexidade as técnicas de fertilização in vitro (FIV) clássica e de FIV com injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI). Embora nas etapas iniciais elas se assemelhem aos procedimentos mais simples, o processo final do tratamento é totalmente diferente.

Na FIV, a estimulação ovariana é feita pelo período de 10 a 12 dias, mas a medicação só pode ser ministrada por meio das injeções subcutâneas. Isso ocorre porque as doses hormonais nas técnicas de alta complexidade precisam ser mais altas.

Em ambos os tratamentos, a mulher também recebe hormônios para impedir a ovulação. Dessa forma, o médico só vai fazer com que ela ovule no momento em que a aspiração do óvulo estiver sendo feita.

Quando os folículos já estão grandes e maduros, a paciente aplica o hormônio que vai fazer com que ela ovule em 36 horas. Por meio de uma punção, o médico, então, aspira os óvulos produzidos pela mulher durante o período.

Se o tratamento indicado para o casal for uma FIV clássica, os óvulos e espermatozoides colhidos previamente vão para o laboratório. O embriologista os coloca juntamente em uma placa no laboratório para que ocorra a fertilização. No caso da FIV ICSI, o especialista faz a fecundação "manualmente". Isto é, o espermatozoide é injetado diretamente do dentro do óvulo. A diferença entre os dois métodos ocorre apenas nos procedimentos realizados no laboratório.

Quando o embrião estiver pronto para ser transferido, a paciente é chamada até a clínica e, por meio de um cateter, o médico insere as células diretamente no útero da mulher. Depois, é só aguardar os 12 dias para fazer o exame de gravidez.

As duas variações da FIV podem ser feitas com células doadas. Isso acontece nos casos de mulheres que procuram o método para fazer uma produção independente, com espermatozoide doado. Ou, quando o casal não consegue engravidar com seus próprios espermatozoides e óvulos - pacientes que tiveram de ser submetidos a tratamentos que os deixaram inférteis ou mulheres que passaram pela menopausa são alguns exemplos.

Fonte: Cross Content
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