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Casais com HIV podem engravidar por reprodução assistida

10 jul 2012 - 09h14
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Descobrir que se tem o vírus HIV não é mais um impedimento para ter filhos. Os métodos de reprodução assistida podem ajudar casais sorodiscordantes - quando apenas um dos parceiros tem a doença - a ter um bebê.

Os métodos de reprodução assistida podem ajudar casais sorodiscordantes - quando apenas um dos parceiros tem a doença - a ter filhos
Os métodos de reprodução assistida podem ajudar casais sorodiscordantes - quando apenas um dos parceiros tem a doença - a ter filhos
Foto: Dreamstime / Terra


Se apenas o homem ou a mulher tem HIV, os médicos não recomendam que eles tentem engravidar normalmente, devido ao risco de transmissão do vírus em relações sexuais sem proteção. É possível, no entanto, engravidar por meio da reprodução assistida. Para isso, a pessoa soropositiva deve estar em tratamento da doença e possuir a carga viral indetectável - quando, por meio de exames, não é encontrada dose do vírus.



Com os tratamentos mais eficientes da doença, que tornam o vírus indetectável, o método se tornou mais comum. "As terapias antirretrovirais estão muito boas, então o tratamento é frequente", afirma Rogério Leão, médico da equipe de reprodução humana do Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (IPGO) e médico assistente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Mas o infectologista que acompanha o paciente com HIV tem que orientá-los dessa possibilidade, em particular por conta da questão da idade. "A mulher acha que não pode, adia a gestação e chega numa idade que fica difícil engravidar", ressalta.



Homem soropositivo

Se o homem é quem possui a doença, o medo principal é que se transmita o vírus para a mulher. Caso o único problema para engravidar do casal seja esse, o melhor método é o da inseminação artificial intrauterina.



O sêmen do homem é coletado e os melhores espermatozoides são selecionados e inseridos diretamente no útero. Antes, o material passa por dupla lavagem. Isso acontece normalmente nos métodos de inseminação. Quando o homem é soropositivo, serve para retirar possíveis vírus presentes. "Mesmo com carga viral indetectável, esse procedimento é feito para reduzir ainda mais a chance de transmissão", explica Rogério.



Se o homem não estiver com a doença controlada, o casal deve recorrer à doação de esperma.



Mulher com HIV

Quando a mulher é soropositiva, a preocupação maior é a de transmissão vertical da doença - quando o HIV é passado para o bebê. Os métodos para evitar a contaminação do companheiro de reprodução são os mesmos utilizados no caso do homem. Apenas não há o processo de lavagem.



Mas os cuidados não param por aí. Durante a gravidez, ela deve continuar com a medicação de tratamento da doença. A maioria dos remédios receitados normalmente na terapia do HIV pode ser usada sem preocupações durante a gravidez. O parto deve ser por cesariana eletiva, sem rompimento da bolsa.



Seguindo essas orientações, a chance de transmissão é baixa. Mas ainda há risco. "Quando a mulher tem HIV, a decisão de querer ter filho é mais difícil. Não dá para garantir que ela não rompa a bolsa prematuramente, por exemplo", diz o médico.



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Fonte: Cross Content
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