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Análise de cromossomos identifica problemas de fertilidade

26 jun 2012 - 09h09
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Quando o assunto é fertilidade, muitas das dificuldades encontradas pelos casais podem estar relacionadas a alterações genéticas. Para saber se os problemas têm relação com isso, ou até mesmo para assegurar uma gravidez saudável, os médicos de clínicas de fertilização costumam pedir uma avaliação genética ao casal.

O exame do cariótipo - conjunto de cromossomos do indivíduo - é normalmente solicitado a todos os casais que passarão por um processo de reprodução assistida. Cariótipo é a denominação para o conjunto de cromossomos do indivíduo
O exame do cariótipo - conjunto de cromossomos do indivíduo - é normalmente solicitado a todos os casais que passarão por um processo de reprodução assistida. Cariótipo é a denominação para o conjunto de cromossomos do indivíduo
Foto: Dreamstime / Terra


O exame do cariótipo - conjunto de cromossomos do indivíduo - é normalmente solicitado a todos os casais que passarão por um processo de reprodução assistida. "Ele é a nossa identidade genética", explica Edson Borges, diretor da clínica Fertility de São Paulo.



A avaliação consiste em um exame de sangue simples, que pode ser feito mesmo em laboratórios gerais. "Existem alterações de cariótipo em geral que atingem 10% de todos os casais. A probabilidade é muito alta", revela Edson.



Espermatozoides e óvulos alteradosA anormalidade do cariótipo indica uma maior possibilidade de o casal gerar espermatozoides ou óvulos alterados. Se isso acontecer, o casal poderia apresentar dificuldades para engravidar, sofrer com abortamentos consecutivos ou gerar filhos com determinadas doenças hereditárias, como a síndrome de Down.



Uma vez verificada essa alteração, o casal é encaminhado ao aconselhamento genético. O geneticista estabelecerá qual o risco de ele ter problemas, não só na gravidez, mas também no nascimento. "Muitos casais às vezes desistem e resolvem optar por uma doação de óvulos ou espermatozoides", conta o médico.



Outra possibilidade é realizar uma avaliação genética dos próprios gametas. "Para muitos desses casais, a gente faz uma análise dos 23 cromossomos, para transferir somente o embrião que não tenha alteração genética. É uma forma também de tratar essa alteração, diagnosticando o embrião que está normal e transferindo apenas ele", afirma. Dessa maneira, eliminam-se as chances de doenças hereditárias e diminui-se a chance de abortamento.



Casos específicos

Um dos casos muito comuns que pode ser detectado por cariótipo é a azoospermia, quando não o homem não possui espermatozoides ejaculados. Esse caso pode ser detectado 20% das vezes por cariótipo. Uma de suas possíveis causas é a síndrome de Klinefelter. Os homens afetados por essa doença apresentam um cromossomo X a mais. Os tratamentos indicados a eles são a captura dos espermatozoides dentro do testículo ou, normalmente, a opção pelo uso de um doador de esperma.



Já nas mulheres, uma das doenças que podem ser detectadas pelo cariótipo é a síndrome de Turner. Esse é o nome dado à anomalia genética de mulheres que apresentam perda de um cromossomo X. Essas mulheres têm um baixo desenvolvimento do ovário, o que faz com que elas costumem apresentar problemas de fertilidade. Elas costumam ter de recorrer à doação de óvulos.



Também detectadas pelo exame são as translocações, quando parte do cromossomo vai para um lugar errado. Elas formam embriões com alterações genéticas. Por isso, pacientes com translocações costumam apresentar abortamentos. A solução para o caso seria a seleção do embrião feita pela biópsia embrionária.

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Fonte: Cross Content
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