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Tratamento de lúpus pode comprometer fertilidade

9 jul 2012 - 08h29
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O lúpus é uma doença autoimune (quando o próprio organismo se ataca) que afeta os tecidos do corpo. Cada paciente desenvolve o problema de maneira diferente - pode ser na pele ou em qualquer outro tecido do organismo. A fertilidade de quem possui o lúpus não é afetada pela doença em si. Mas, em alguns casos, o tratamento escolhido para atacar a doença pode levar à infertilidade.

A fertilidade da paciente que possui o lúpus não é afetada e ela pode engravidar, sem se esquecer de tomar as devidas orientações médicas
A fertilidade da paciente que possui o lúpus não é afetada e ela pode engravidar, sem se esquecer de tomar as devidas orientações médicas
Foto: Shutterstock


Isso acontece porque, em certos cenários, o combate é feito com o uso de quimioterápicos, que comprometem a fertilidade da mulher. "Existem alguns casos em que a paciente pode entrar em uma menopausa precoce. Nessas situações, indicamos o congelamento dos óvulos", explica Luiz Carlos Latorre, reumatologista e especialista em lúpus do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo.



O uso de quimioterápicos no tratamento de lúpus não é receitado para todos. De acordo com o médico, a doença se manifesta de maneira diferente em cada organismo. Por isso, não existe um remédio ou acompanhamento padrão. Cada caso é um caso.

A gravidez e o lúpus

Sem uso de quimioterápicos, o lúpus não é contraindicação para a gravidez, mas a mulher terá de seguir orientações médicas específicas. "Não é aconselhável que ela engravide nos períodos de atividade crise da doença. Mas, quando ela está inativa, ela pode gerar normalmente, desde que seja acompanhada pelo reumatologista", diz Luiz.

A doença tem seus períodos de crise (ou atividade) e, em outros, o lúpus fica inativo. Segundo o reumatologista, em algumas situações o paciente passa por um tempo sem medicações, apenas com acompanhamento em consultas médicas. O lúpus voltou ao noticiário em janeiro deste ano, quando a apresentadora Astrid Fontenelle foi diagnosticada com a doença.

Tratamento e fertilidade

Em casos específicos do lúpus, a gestação se torna mais arriscada. Algumas pacientes possuem os anticorpos anti-Hu. Por conta deles, podem ter bebês com lúpus neonatal ou problemas cardíacos. Mas, segundo Luiz, o lúpus neonatal é transitório e a criança tem sua imunidade normalizada após alguns meses de vida.

Certas mulheres portadoras de lúpus podem, também, ter anticorpos chamados de antifosfolípides. Eles podem causar abortamento do feto. Por isso, essa é uma gestação de risco que deve ser acompanhada de perto. Como a doença se manifesta de maneira completamente diferente em cada organismo, nem todas as pacientes que vão apresentar esse problema.

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Fonte: Cross Content
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