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Mioma pode trazer problema de fertilidade na mulher; entenda

25 jul 2012 - 09h15
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O mioma é um tumor benigno na parede do útero muito comum entre mulheres em idade reprodutiva. O fato de ele não ser maligno não significa, no entanto, que não possa ter efeitos negativos. Um deles é aumentar as dificuldades para engravidar. Mas, mesmo que haja relação entre mioma e problemas de fertilidade, são poucos os casos em que ele é o principal fator para a dificuldade de engravidar.

O mioma é um tumor benigno na parede do útero muito comum entre mulheres em idade reprodutiva. Ele pode aumentar as dificuldades para engravidar
O mioma é um tumor benigno na parede do útero muito comum entre mulheres em idade reprodutiva. Ele pode aumentar as dificuldades para engravidar
Foto: Shutterstock


Existem quatro tipos de mioma: subseroso, pediculado, intramural e submucoso. Este último é o que mais comumente leva a problemas de fertilidade. Ele se instala mais perto do endométrio (parede interna do útero), onde o embrião se fixa, e pode afetar a vascularização desse tecido. Isso dificulta a implantação do embrião. Mesmo quando ela acontece, o risco de aborto é maior.



Dependendo da localização, o mioma pode afetar também as trompas e o ovário, dificultando a fecundação. Além disso, dependendo do tamanho, ele pode alterar a anatomia do útero, tornando o ambiente não propício para a implantação do embrião. "Quanto maior o mioma, maior a chance de acontecer um problema mais sério. Mas a relação não é tão direta. Há casos de pacientes que tinham miomas muito grandes e engravidaram", conta Rodrigo Hurtado, especialista em medicina reprodutiva da Clínica Origen, de Belo Horizonte.



Embora aumente as dificuldades para engravidar, o mioma por si só não costuma ser causa de infertilidade. "A capacidade que o mioma tem de afetar a fertilidade não é tão intensa assim. Ele é um fator coadjuvante", afirma o médico.



Diagnóstico e tratamento

O mioma costuma ser assintomático. Quando dá sinais, seus principais sintomas são o sangramento intenso e prolongado no período menstrual, que pode se estender até 15 ou 20 dias, e cólica.



A mulher pode também ter dificuldades para urinar ou evacuar, dependendo da localização e do tamanho dele. Ela pode sentir ainda dores durante o ato sexual.



Em determinados casos, o mioma pode ser sentido por apalpamento do médico durante o exame físico. Ele é confirmado pelo ultrassom ultravaginal.



Nas clínicas de reprodução assistida, a investigação sobre um possível mioma só acontece quando há uma queixa específica da mulher em relação a seus sintomas. "Mas, como o ultrassom é sempre feito no tratamento, ele dificilmente vai passar despercebido", comenta o especialista.



O tratamento do mioma varia. Em alguns casos, não é necessário que ele seja tratado. Se o maior problema for o sangramento, é feito apenas um controle hormonal, com o uso da pílula anticoncepcional, por exemplo. Caso isso não funcione, ou se a mulher quiser engravidar, a outra opção é o tratamento cirúrgico. "A cirurgia é resolutiva. Você tem a opção de retirada do mioma ou do útero inteiro", explica Rodrigo. Na maioria dos casos, não é necessário retirar o útero completamente.



Por ser um fator normalmente coadjuvante ao problema de fertilidade, o tratamento do mioma não significa que a mulher poderá engravidar normalmente. "O tratamento pode melhorar significativamente as chances de gravidez, mas dizer que vai resolver é complicado", diz o médico. Quando há um segundo fator para a infertilidade, em muitos casos a melhor opção é pela reprodução assistida. "Como só uma parte do útero é afetada, não é um problema fazer a técnica quando existe o mioma", explica Rodrigo.



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Fonte: Cross Content
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