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Cuidados desde os 20 anos ajudam a prevenir infertilidade

20 jun 2012 - 09h10
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A mulher na faixa dos 20 anos pode nem pensar em ter filhos tão cedo. Mas se ela tem o desejo de se tornar mãe futuramente, deve saber que existem alguns cuidados a tomar desde já para não apresentar problemas de fertilidade quando quiser engravidar.

A jovem com vida sexual ativa deve usar sempre preservativo, mesmo que utilize outros métodos contraceptivos, uma vez que esses não evitam a transmissão de doenças
A jovem com vida sexual ativa deve usar sempre preservativo, mesmo que utilize outros métodos contraceptivos, uma vez que esses não evitam a transmissão de doenças
Foto: Shutterstock / Especial para Terra


Um dos mais importantes é fazer a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). A jovem com vida sexual ativa não deve dispensar o uso de preservativo na relação sexual, mesmo que utilize outros métodos contraceptivos. Afinal, eles não evitam a transmissão de DSTs.



Cuidado com as DSTs

A ginecologista Silvana Chedid, especialista em reprodução humana e diretora do Instituto Valenciano de Infertilidade São Paulo, alerta sobre a infecção por clamídia como uma das mais frequentes em mulheres dessa faixa etária. Se não for tratada, a infecção pode provocar danos nas trompas, como obstrução, entupimento ou dilatação. E essas alterações podem levar à infertilidade.

Além da clamídia, existem outras DSTs com as quais a mulher deve tomar cuidado. Entre elas estão a hepatite B, as infecções por mycoplasma e ureaplasma e o HPV (papiloma vírus humano) - principal causa de câncer de colo do útero. Esse último pode provocar também câncer de vagina e de vulva, o que dificulta a contracepção. Existe vacina para os principais tipos desse vírus.

Outros incômodos

Há também algumas doenças relacionadas ao sistema reprodutor feminino que podem acometer mulheres mais novas. A endometriose é uma das mais comuns e pode se manifestar desde a adolescência. Ela se caracteriza por cólicas muito fortes ou também por dores fora do período menstrual. A doença pode ser detectada em consulta ginecológica ou por meio de exames solicitados pelo médico.

A mulher precisa, portanto, passar por controle ginecológico regularmente. "Uma vez ao ano é suficiente", afirma Silvana. O ginecologista deve fazer um acompanhamento hormonal, para verificar se a mulher ovula normalmente e apresenta reserva ovariana adequada. Essas medidas ajudam no tratamento de doenças prejudiciais à fertilidade, como a menopausa precoce e ovários policísticos, que também podem ser detectados por meio da ultrassonografia.

Hábitos saudáveis
As mulheres mais novas devem se preocupar não só com doenças. Alguns hábitos pouco saudáveis podem ser ruins para a fertilidade feminina. Mulheres que apresentam excesso de peso ou baixo índice de massa corpórea costumam apresentar dificuldades para engravidar. "O ideal é ter um peso corpóreo dentro da faixa normal", diz a ginecologista.

Hábitos como tabagismo e o uso de álcool ou drogas também podem interferir na qualidade do óvulo. Isso porque as substâncias tóxicas vão para a corrente sanguínea, podem chegar aos ovários e, então, passar pela parede do folículo ovariano - onde se encontra o óvulo. O problema pode aumentar os riscos de abortamento e diminuir a capacidade de fertilização do óvulo.

A ginecologista alerta também para o contato com substâncias químicas, como a dioxina - um poluente ambiental produzido a partir da combustão da borracha. Ela pode estar presente no ar, no solo ou na água de zonas industriais. "Existem alguns fatores ambientais que podem comprometer a fertilidade. A mulher deve, na medida do possível, evitar o contato com esses tóxicos", aconselha.

Fonte: Cross Content
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