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Pet influencer: aprenda a fotografar seus cães na quarentena

Fotos de animais são sucesso garantido nas redes sociais, mas registrá-las não é tarefa fácil; reportagem testou dicas

30 mai 2020 - 10h01
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As fotinhos de pets nas redes sociais, normalmente, são as mais curtidas. Publicar aquela imagem do gato ou cachorro na quarentena durante a pandemia do novo coronavírus se tornou um hábito. Inclusive, há alguns animais cheios de carisma e personalidade que possuem seus próprios perfis no Instagram ou Facebook.

Mas quem vê aquelas fofuras na internet não imagina o trabalho que pode dar para realizar uma boa imagem, sem estar tremida, com um cenário adequado e contando com a colaboração do próprio pet. A primeira condição para a tarefa é não ter pressa. É fundamental que o responsável pela sessão de fotos do cão tenha paciência durante todo o processo. Afinal de contas, o comportamento do cachorro é imprevisível e ele pode acabar fazendo algo inesperado. Os cãezinhos não sabem que exatamente naquele momento é preciso ficar parado. Por isso, se o desejo é uma foto pausada, é necessário manter a serenidade. Usar brinquedos para distraí-los é uma estratégia, mas vai depender do temperamento deles. No quesito iluminação, também é preciso tomar cuidado com flash para não assustá-los ou até prejudicar a visão deles.

Para auxiliar aqueles que têm dificuldade e querem fazer um clique perfeito, nós pegamos algumas dicas com a DogHero, empresa de serviços para animais de estimação da América Latina, que elaborou um tutorial para facilitar a hora da sessão de fotos e ter diversos registros para guardar em um álbum ou postar nas redes sociais. A reportagem também testou as orientações com o Madruguinha, um yorkshire simpático de sete anos de idade.

Como fotografar seu pet com perfeição

Tanto uma câmera semi-profissional quanto um smartphone conseguem fazer fotos de alta qualidade do pet. No caso das câmeras, que são maiores e possuem lentes mais avantajadas, o animalzinho pode ficar curioso e querer farejar o equipamento, o que pode render alguns registros divertidos. Porém, é válido ressaltar que um dos principais cuidados precisa ser com o flash de ambos os equipamentos, que pode assustar e até prejudicar a visão dele. Além disso, do ponto de vista mais estético, o flash também pode causar o efeito de "olhos vermelhos" nas fotografias.

Uma iluminação adequada é essencial para que o tutor tenha as fotos que planeja. A dica é usar a luz natural, já que locais fechados ou escuros talvez façam com que o tutor precise utilizar o flash. Por outro lado, caso opte por fotografar durante a noite, o recomendável é acender todas as luzes e, se necessário, utilizar um abajur ou até mesmo a lanterna de outro celular para ajudar. Além disso, é importante posicionar a luz sempre a favor do pet. No ensaio que fiz com o Madruguinha, meu cãozinho, aproveitei que estava sol e realizei os registros durante o dia.

As fotos dos cães ficam ainda mais adoráveis quando eles encaram a câmera. Para conseguir o feito, o fotógrafo pode segurar, com a mão livre, um brinquedo, mantendo-o perto da lente. A DogHero recomenda o uso de brinquedos que emitem algum som e que acabam chamando mais a atenção do pet. Caso o tutor não os tenha por perto, vale cativar o bichinho com petiscos, estalando os dedos ou assobiando. No meu caso, tentei de tudo, mas tive dificuldade, pois o Madruguinha normalmente não para quieto. Então, decidi fazer um carinho nele para relaxar antes das fotos.

Para conseguir que seu cachorro encare a câmera, fique agachado e busque tirar fotos na altura dos olhos do animalzinho de estimação. No caso de pets de pequeno porte, uma solução é colocá-lo no sofá ou em uma cadeira confortável e assim, o tutor não precisará deitar no chão. Quando decidi colocar o Madruguinha na poltrona, parece que consegui bons resultados.

Fiquei tão animada com o fato de ele encarar a câmera que decidi improvisar uma situação. Em um dos registros, levei em consideração que ele estava usando um 'look mais descolado' e ofereci um livro para ele 'ler'. E escolhemos A Peste, de Albert Camus. Bem propício em tempos de pandemia, não é mesmo? Confira:

Além do cenário improvisado, pode ser interessante investir em adornos, acessórios e roupinhas especiais para pets, como tiaras, laços e entre outros, de acordo com o gosto do seu cachorro. O Madruguinha não gosta muito de vestir nada mas, por causa do frio, acho que se acostumou com o macacão do persoangem Chapolin Colorado.

Sobre a decoração, o fundo é um elemento que pode estragar uma foto ou ser o detalhe charmoso da composição. Por exemplo, se você fizer a imagem do cão no meio das roupas espalhadas pelo chão, não terá um bom resultado. Por isso, a sugestão é que o fotógrafo da ocasião dedique um tempo para organizar e decorar o ambiente que será o fundo das fotografias. O tutor pode escolher uma parede bonita, colocar uma manta no sofá e recolher objetos e roupas espalhados pelo cômodo. Como não tinha muitas opções em casa, decidi separar as bonecas e alguns bichinhos de pelúcia da minha filha, Martina, para fazer companhia ao Madruguinha. E parece que ele não se sentiu tão intimidado e solitário durante a sessão.

Para registrar o "momento certo" da foto, é importante focar e buscar capturar os instantes em que o cachorro está brincando, se divertindo e "sorridente". Quando as pessoas veem fotografias de animais "sorrindo" e olhando para a câmera, há a sensação de que os pets estão felizes. Por outro lado, as imagens espontâneas são as mais bacanas.

Estadão
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