Mais da metade dos brasileiros reduziu o consumo de álcool no último ano, aponta estudo
Pesquisa revela que mais da metade dos brasileiros reduziu o consumo de álcool no último ano, com saúde e autocuidado entre os principais motivos
Um novo levantamento do Datafolha revela uma mudança significativa nos hábitos dos brasileiros em relação ao consumo de bebidas alcoólicas. Segundo a pesquisa, 53% das pessoas que bebem afirmam ter diminuído a ingestão de álcool no último ano, um dado que sugere maior conscientização sobre saúde e moderação.
Consumo consciente e percepção positiva
O estudo ouviu 1.912 brasileiros com 18 anos ou mais, em 113 municípios de todas as regiões do país. Entre os entrevistados que consomem álcool, 81% acreditam que bebem na medida certa, enquanto 18% reconhecem ultrapassar os limites - 11% dizem beber mais do que deveriam e 7% admitem exagerar com frequência.
A média nacional registrada foi de 4,5 doses por semana, considerando cada dose como um copo, lata, taça ou drinque. Ainda assim, 36% afirmaram não ter ingerido nenhuma bebida na semana anterior à pesquisa.
Fatores que influenciam o hábito
A pesquisa também destacou que o consumo é mais comum entre os homens (58%) do que entre as mulheres (42%), além de ocorrer com mais frequência entre os jovens adultos - 58% das pessoas entre 18 e 34 anos disseram beber regularmente. Já entre os brasileiros com 60 anos ou mais, o número cai para 35%.
A renda também aparece como fator determinante. Quanto maior o salário, maior o consumo de álcool: 64% dos que ganham entre 5 e 10 salários mínimos bebem, enquanto 57% dos que vivem com até 2 salários mínimos afirmam não consumir bebidas alcoólicas.
Por que muitos brasileiros deixaram de beber
Entre os entrevistados que não consomem álcool, os motivos de saúde são os mais citados: 34% mencionam os riscos ao organismo como principal razão. Outros 21% afirmam simplesmente não gostar do sabor, enquanto 13% apontam crenças religiosas. O histórico familiar de dependência foi mencionado por 8%, e 7% afirmaram evitar o álcool por medo ou rejeição ao comportamento de pessoas embriagadas.
Os dados indicam um cenário de maior consciência sobre os efeitos do álcool e de busca por equilíbrio entre prazer e bem-estar. Mesmo entre os que mantêm o hábito, a percepção geral é de que o consumo deve ter moderação. Esse é um reflexo de que o cuidado com a saúde vem ganhando espaço nas escolhas diárias dos brasileiros.
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