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Justiça nega indenização de R$ 5 milhões por flatulências em escritório na Austrália

David Hingst alegava assédio moral por parte de seu supervisor, que soltava gases 'cinco ou seis vezes por dia' e 'achava engraçado'

30 mar 2019 - 16h00
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Uma corte australiana deu perda de causa em um caso de assédio moral denunciado por um engenheiro que acusava seu ex-supervisor de repetidamente soltar gases nele.

A Corte de Apelação do Estado de Victoria confirmou uma decisão da Superma Corte ordenando que, mesmo que as alegações do engenheiro David Hingst sejam verdadeiras, flatulências não necessariamente constituem assédio moral.

Hings disse que levará seu caso à Alta Corte, a corte mais alta de apelação na Austrália.

O homem de 56 anos está em busca de uma indenização no valor de 1,8 milhões de dólares australianos (equivalente a R$ 5 milhões) de sua antiga empresa em Melbourne, a Construction Engineering.

Hingst testemunhou que ele precisou sair de um espaço comunitário no escritório para se esquivar das flatulências de seu supervisor, Greg Short.

Hingst contou à corte que Short entraria diversas vezes ao dia na sala pequena e sem janela de Hingst para soltar gases.

Hingst "alegou que o sr. Short soltaria gases nele regularmente, o sr. Short acharia que isso seria engraçado", os dois juizes da corte de apelação escreveram na sentença.

Hingst disse que ele espirraria desodorante em Short e chamaria seu supervisor de "Sr. Fedorento".

"Ele soltava um pum atrás de mim e ia embora. Ele fazia isso cinco ou seis vezes por dia", Hingst disse fora da corte.

Short contou ao tribunal que ele não se lembra de ter soltado gases no escritório de Hingst, "mas posso ter feito isso uma ou duas vezes".

Hingst também acusou Short de ser abusivo ao telefone, usando linguagem profana e xingamentos.

Os juizes consideraram que Hingst "pôs a questão das flatulências do sr. Short em primeiro plano" de seu caso, argumentando que "flatulências constituem assédios."

A corte definiu que Short não assediou ou oprimiu Hingst. Hingst falou em convencer de que a Construction Engineering foi negligente.

Hingst trabalhou para a Construction Engineering entre maio de 2008 e abril de 2009.

Ele afirma que foi assediado em seu local de trabalho até que seu emprego chegasse ao fim.

A Construction Engineering alegou que seu contrato foi encerrado por causa de uma desaceleração na construção civil devido à crise financeira global de 2008.

Estadão
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