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Funcionários da Disney se reúnem para protestar contra projeto de lei 'Don't Say Gay'

Legislação tem como objetivo impedir que escolas e professores reconheçam a existência de pessoas LGBTQ+ e autores tiveram campanha financiada pela Disney

23 mar 2022 - 16h36
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Informação que Disney apoia financeiramente políticos favoráveis ao projeto 'Dont Say Gay' gera revolta entre funcionários.
Informação que Disney apoia financeiramente políticos favoráveis ao projeto 'Dont Say Gay' gera revolta entre funcionários.
Foto: Twitter / @reblynk / Estadão

Os funcionários da Disney se reuniram nesta terça, 22, para um dia inteiro em protesto contra o Projeto de Lei 'Don't Say Gay' (Não Diga Gay), da Flórida. A descoberta de que a Disney apoia políticos favoráveis ao projeto desagradou os funcionários, uma vez que o objetivo da lei é banir a discussão LGBTQ+ nas escolas.

O protesto aconteceu na área de piquenique de Bette Davis, dentro dos Estúdios Disney em Burbank — cidade na Califórnia. Os funcionários levaram cartazes e, nas redes sociais, a hashtag #DisneySayGay, foi levantada com a ajuda dos internautas que apoiam o movimento.

Os funcionários pedem que a empresa pare de financiar campanhas políticas de quem apoiou o projeto de lei que proíbe instruções sobre identidade de gênero e orientação sexual nas escolas. Além disso, a empresa estaria transferindo muitos profissionais LGBTQ+ da Califórnia para a Flórida, o que tem causado desconforto. "A Flórida não é um lugar seguro para a comunidade LGBTQIA+", disse uma funcionária da Disney à Variety.

Nas redes sociais da empresa, a Disney+ publicou um pronunciamento informando que defende a comunidade e não apoia o PL.

"Disney+ defende a comunidade LGBTQIA+, seja ela formada por funcionários, colegas, familiares, contadores de histórias, ou fãs. Nós denunciamos veementemente toda a legislação que infringe os direitos humanos básicos das pessoas da comunidade LGBTQIA + — especialmente a legislação que visa e prejudica os jovens e suas famílias. Nós nos esforçamos para criar um serviço que reflita o que vivemos, nossa esperança é ser uma fonte de inclusão, contamos histórias empoderadoras e autênticas que nos unem em uma única humanidade."

Apesar do posicionamento, na última semana a Disney decidiu cortar uma cena de beijo entre duas mulheres da animação Lightyear, spin-off de Toy Story. A medida também gerou insatisfação nos funcionários da empresa. Na ocasião, uma carta aberta à diretoria foi divulgada para a imprensa. "Mesmo que a criação de conteúdo LGBTQIA + fosse a resposta para reverter leis discriminatórias no mundo inteiro, nós estamos sendo impedidos de criá-los", trecho da carta. Após protestos, a Disney desistiu de cortar beijo lésbico do filme.

Estadão
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