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Cientistas pedem 'zonas sem selfie' após mortes acidentais

Em um período de seis anos, 259 pessoas morreram enquanto tiravam fotografias

28 set 2018 - 13h40
(atualizado às 14h20)
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Um grupo de cientistas publicou no Journal of Family Medicine and Primary Care um manifesto pedindo a criação de 'zonas sem selfie' em locais públicos pelo mundo. O documento revela que 259 mortes nessas circunstâncias foram registradas entre 2011 e 2017.

Os homens são mais propensos do que as mulheres a morrer dessa maneira: 72,5% das vítimas são do sexo masculino e 27,5% do feminino. Afogamento, atropelamento e queda são as causas mais comuns.

O principal autor da pesquisa, Agam Bansal, realizou a análise no Instituto de Ciências Médicas da Índia. "As selfies não são prejudiciais, mas o comportamento humano que as acompanha é perigoso", analisa.

O cientista acredita que 'zonas sem selfie' deveriam ser criadas para diminuir os casos de morte, principalmente no mar, edifícios altos e picos de montanhas.

Agam Bansal criou o termo 'selficide' (selficídio, em português) para descrever as mortes. O cientista vasculhou recortes de jornais de todo o mundo para compilar os dados. Quase metade de todas as mortes por selfie ocorreram na faixa etária de 20 a 29 anos.

Os países que têm mais mortes nessas circunstâncias são Índia, Rússia, Estados Unidos e Paquistão. De acordo com o levantamento, 70 pessoas morreram afogadas, 51 atropeladas, 48 por quedas e fogo, 16 foram eletrocutadas e 11 por arma de fogo.

Para aprimorar as estatísticas de 'selficide', os cientistas pedem que a característica da morte que envolve as fotografias seja registrada pelas autoridades. "Selfies nunca são relatadas como uma causa oficial da morte. Acredita-se que as mortes por selfie sejam subnotificadas e que o verdadeiro problema precisa ser resolvido", diz o documento.

Estadão
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