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Chef envia esfihas em formato de coração para criança com autismo

Iniciativa foi compartilhada pela mãe da criança com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o autismo

29 abr 2020 - 16h02
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Esfihas especiais feitas por Gabriel Pires emocionaram Carolina Tortelete, mãe de Giovanna
Esfihas especiais feitas por Gabriel Pires emocionaram Carolina Tortelete, mãe de Giovanna
Foto: Instagram / @bielgp2 / Estadão

A atitude do chef Gabriel Pires de enviar duas esfihas sem recheio em forma de coração para Giovanna, filha de 5 anos de Carolina Tortelote, viralizou nas redes sociais após ser compartilhada pela mãe.

Giovanna possui o Transtorno do Espectro Autista (TEA), que gerou na criança um transtorno de processamento sensorial. "A Giovanna tem seletividade alimentar, ela não come coisas misturadas. Então, coloquei uma observação no pedido, se teria como mandar uma esfiha sem nenhum tipo de recheio", explicou Carolina em entrevista para o E+.

Segundo a mãe, geralmente esse pedido acaba sendo ignorado por restaurantes, e já aconteceu de rirem dela ou chamarem a filha de "fresca". Dessa vez, porém, ela foi surpreendida ao receber, em uma caixa separada, as duas esfihas em formato de coração.

Gabriel, que tomou a iniciativa, conta que viu a comanda com a observação e na hora, mesmo em um dia corrido de trabalho, pegou massa de esfiha para fazer a comida no formato.

"Eu pensei assim: por que não fazer uma família feliz? Tenho um filho que vai fazer um ano em maio, e fiquei bastante mexido. Busquei atender esse pedido de uma mãe", relatou o chef, que também fez uma publicação sobre o pedido, em entrevista para o E+.

Carolina comenta que ficou bastante tocada com a empatia na atitude. A mudança de rotina por conta da quarentena tem afetado Giovanna, mas as esfihas tiveram um "efeito terapêutico", segundo a mãe. "Deixou ela feliz, concentrada. Ela viu que foi especial, feito para ela", relata Carolina.

A mãe decidiu publicar uma foto da filha com a comida, não apenas para agradecer à ação de Gabriel, mas também para conscientizar as pessoas sobre o tema. "O transtorno do processamento sensorial é uma coisa séria, e as pessoas acham que é frescura, brincadeira. A criança com autismo já carrega um preconceito porque o TEA não tem cara", conclui ela.

*Estagiário sob supervisão de Charlise Morais

Estadão
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