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‘Meninos do Morumbi’ beneficia mais de 14 mil jovens em SP

22 ago 2014 - 13h01
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Fazer da música a base para a formação de uma banda heterogênea, que livre os jovens do contato com drogas e violência, em São Paulo. É assim, que há quase duas décadas, o músico e diretor-presidente do conselho da Associação dos Meninos do Morumbi, Flávio Pimenta, 55 anos, mantém essa ONG, com sede no bairro da zona Sul da capital paulista, e que atendeu mais de 14 mil crianças, adolescentes, e seus familiares, independentemente de seus níveis socioeconômicos, religiões, raças e referências.   

A instituição é voltada para o ensino da música com cursos de instrumentos, dança e canto. Outras atividades estão presentes como aulas de inglês, informática, esportes, programas de prevenção de AIDS, maternidade precoce e terapia familiar. A criança ingressa na Associação, a partir dos seis anos, desde que esteja matriculada no colégio, com boas notas, e, faça as atividades propostas, no contraturno escolar.

“A banda ensaia com 300 crianças e quem participa, se sente parte do grupo, gosta de estar aqui e tocar os instrumentos.” “O nosso maior desafio é entender como a ética e a moral moldam os bons valores, uma vez que você não os ensina e sim, os vivência. Aqui não procuramos apenas formar músicos e profissionais, mas temos a ideia de que cada um saiba o que é melhor para si e zele por isso”, relata Pimenta.  

A Associação Meninos do Morumbi tem 22 funcionários registrados ou prestadores de serviços e busca a autossustentabilidade, porque conta hoje com incentivos de leis culturais, doações de pessoas físicas e jurídicas, e convênio com a Music is Hope Foundation (Fundação Música é Esperança), nos Estados Unidos. “Nós nunca fomos assistencialistas e benemerentes, pois quem vem aqui, comprova a autoestima das crianças. A banda é real e viaja para países como Estados Unidos, França e Inglaterra, com workshops para profissionais.”

Crianças mudam trajetória profissional

Com viagem marcada para trabalhar nos Estados Unidos, em 1996, Pimenta observou três crianças maltratadas, com verrugas e dentes pretos, na porta de casa, e os convidou para assistir aulas de música em sua casa e integrar uma banda que estava em montagem, o que o fez repensar em seus planos profissionais, e permanecer no País. “Na primeira vez que tocamos foi uma mistura de negro, branco, rico, pobre, famoso, anônimo, todos juntos, como uma escola de samba.”

A entidade trabalha o jovem para seu primeiro emprego, e atende hoje “os filhos dos primeiros ‘Meninos do Morumbi’, que ficam, em média, de 9 a 13 anos conosco”. “Aqui, nós temos de alcançar eficiência e responsabilidade, algo que reflete na vida da criança fora da Associação”.

Fonte: Dialoog Comunicação
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