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Instituto dedicado à harmonia muda a vida de 20 mil pessoas

8 ago 2014 - 08h00
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O arquiteto José Bueno fundou, em 2010, o Instituto Harmonia, que proporciona experiências co-criativas em educação, liderança, sustentabilidade e convivência. Até hoje, transformou a vida de mais de 20 mil pessoas
O arquiteto José Bueno fundou, em 2010, o Instituto Harmonia, que proporciona experiências co-criativas em educação, liderança, sustentabilidade e convivência. Até hoje, transformou a vida de mais de 20 mil pessoas
Foto: @Instituto-Harmonia /Facebook / Reprodução

É possível ensinar algo abstrato como a harmonia? Sim, garante o arquiteto José Roberto Marinho Bueno, 54 anos, fundador do Instituto Harmonia, que desde 2010 oferece espaços de convivência e aprendizagem a crianças, jovens, adultos e idosos, por meio de teatro social, jogos, terapia corporal, oficinas para pais e filhos de desenho, canto, histórias, música, dança e até a milenar arte marcial do Aikido, em São Paulo.

O instituto objetiva trabalhar no encantamento do ser humano, a partir de pequenos gestos coletivos que transformem os sonhos em realidade, ressaltando que “a sociedade funciona de maneira colaborativa e não apenas competitiva”. Desenvolvem as atividades cerca de 30 profissionais.

As experiências co-criativas em educação, liderança, sustentabilidade e convivência já foram vivenciadas por 20 mil pessoas nos últimos quatro anos. “A expressão do carinho como uma forma de poder, na gentileza, na atenção, e no cuidado pode ser percebida na interação entre diferentes gerações”, diz Bueno, que também ministra workshops, palestras e cursos em diversos locais, que envolvem desde os executivos mais graduados do País até jovens egressos de abrigos.

Filosofia harmônica vem de 1994

Durante as palestras e atividades do Harmonia, os participantes aprendem ensinamentos do Aikido como elemento de ajuda no enfrentamento das dificuldades e resistências, com elegância e efetividade. (O Aikido foi criado como uma resposta aos efeitos da 2ª Guerra Mundial para relembrar e fortalecer a vocação amorosa da natureza humana.)

“Quero assegurar um legado que possa servir para outras pessoas, em qualquer lugar do País e do mundo, e isso passa pelo Instituto ser organizado para que o pensamento e as ações sejam visíveis e replicadas, independente da minha presença”, diz Bueno.

O embrião do Instituto foi o “Dojo Harmonia”, que completa 20 anos de atividades em 2014, e agora está sendo implantado em rede, isto é, sem a necessidade de ocorrer em local fixo. Segundo Bueno, o Dojo é um ambiente propício para criar condições para o encantamento e a expressão da potencialidade do ser humano. Um espaço onde as pessoas podem não apenas conversar, mas desenvolverem, juntas, uma experiência transformadora.

A expressão do carinho como uma forma de poder, na gentileza, atenção, e no cuidado pode ser percebida na interação entre diferentes gerações, destaca Bueno, que utiliza sua experiência como arquiteto e o aikidô como filosofia do Instituto
A expressão do carinho como uma forma de poder, na gentileza, atenção, e no cuidado pode ser percebida na interação entre diferentes gerações, destaca Bueno, que utiliza sua experiência como arquiteto e o aikidô como filosofia do Instituto
Foto: @Instituto-Harmonia /Facebook / Reprodução

“A experiência pode acontecer em um café, ou durante um bate-papo despretensioso, como foi com um geógrafo em São Paulo, no qual descobri que a cidade possui mais de 400 riachos. Isto originou a iniciativa ‘Rios e Ruas’, em que as pessoas descobrem a existência de água por todas as partes da capital paulista”, diz Bueno. “Harmonizar é ter um olhar para a cidade, a apropriação do lugar em que vivemos em uma reconexão afetiva com o local onde moramos.”

Em relação ao futuro, o criador do Harmonia orgulha-se em dizer que o Instituto não tem um plano de negócios definido e que “tudo caminha conforme o imprevisto, e não como o planejado”. 

“Não irei conseguir resolver os problemas de guerras no mundo ou a distribuição desigual de recursos no País, mas trabalho por justiça social, de acordo com a forma com que interagimos e expressamos nossas convicções”, conclui.

Fonte: Dialoog Comunicação
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