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Futebol une torcidas organizadas de SP para doar sangue

17 jun 2014 - 08h01
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Choro, riso, raiva e alegria são apenas algumas das emoções que o futebol proporciona aos seus amantes. Do esporte, também podem nascer gestos de solidariedade. Um exemplo é a campanha O Futebol Tá no Meu Sangue, que convidou entre março e junho deste ano integrantes das torcidas organizadas dos clubes Corinthians, Palmeiras e São Paulo (Gaviões da Fiel, Mancha Verde e Dragões da Real) para, juntos, esquecerem a rivalidade em campo e doarem sangue.

A campanha foi organizada pelo historiador Leandro Antônio Gatti, 38 anos, junto aos antropólogos Ana Laura Gamboggi, 41 anos, e Renzo Taddei, 42 anos, em parceria com o Rotary Club Oeste de São Paulo, Fundação Pró-Sangue, Santa Casa de Misericórdia e Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan). “O objetivo era que os trabalhos sociais fossem mais divulgados, justamente pelo poder de mobilização social do futebol, que poderia ser canalizado para ações humanitárias”, explica o historiador Gatti.

O balanço das doações deve ser divulgado nos próximos meses. “Conseguimos agregar três clubes diferentes, deixando o futebol um pouco de lado, e focando em um aspecto mundial, pois doar sangue é um ato comunitário que todos os hospitais precisam muito”, ressalta Luigi Leoni, 84 anos, presidente do Rotary Club Oeste de São Paulo.

Um levantamento recente do Ministério da Saúde apontou que, em média, 3,6 milhões de bolsas de sangue são coletadas por ano no Brasil, ou seja, apenas 1,9% da meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que corresponde a 3%.

Rivais em campo, aliados fora dele

Desde o início, a campanha O Futebol Tá no Meu Sangue tentou mostrar que a rivalidade nos estádios pode se transformar em uma competição sadia fora deles. “O legal é que, além de doar para ajudar alguém, nós fizemos uma competição positiva para ver qual torcida traria mais sangue”, revela Marcos Ferreira, 31 anos, o Marquinhos, presidente da Mancha Verde.

“Vemos os outros times como rivais e não inimigos, pois a rivalidade sadia alimenta o próprio futebol e é isso que quisemos explorar”, relata André Azevedo, 34 anos, presidente dos Dragões da Real. Denis Nogueira, 44 anos, diretor social dos Gaviões da Fiel concorda: “A rivalidade existe desde os tempos dos romanos e, quando é sadia e limpa, vejo com bons olhos”.

Os organizadores pretendem continuar com a campanha pelos próximos dois anos. Além disso, outros projetos são estudados pelo Rotary Club Oeste de São Paulo, em conjunto com as torcidas organizadas.

Fonte: Dialoog Comunicação
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