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Mix de plásticas atrasa recuperação e cicatrização da pele

8 ago 2014 - 13h00
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O desejo de realizar várias cirurgias plásticas de uma só vez exige alguns cuidados especiais que, se não forem levados em conta, podem comprometer o processo de recuperação do organismo e, principalmente, da pele
O desejo de realizar várias cirurgias plásticas de uma só vez exige alguns cuidados especiais que, se não forem levados em conta, podem comprometer o processo de recuperação do organismo e, principalmente, da pele
Foto: Syda Productions / Shutterstock

Movidas pelo desejo de corrigir todas as imperfeições estéticas em um único dia, grande parte das mulheres opta por realizar várias cirurgias plásticas de uma só vez. A busca pelo corpo perfeito, no entanto, requer alguns cuidados especiais que, se não forem levados em conta, podem comprometer em cheio o processo de recuperação do organismo e, principalmente, da pele.

Pensando nisso, em 2011, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) lançou uma cartilha com o objetivo de tornar os procedimentos estéticos mais seguros. De acordo com Márcio Castan, cirurgião plástico e membro da instituição, um dos itens que mais requer a atenção é o tempo cirúrgico ao qual a paciente será submetida, que não deve ultrapassar o limite de quatro horas.

Outros pontos negativos são a má cicatrização (causada por descuidos no pós-cirúrgico, que tende a ser mais complicado, ou por erro médico), a dor mais intensa e os hematomas, que se apresentam em mais de um local. “Além disso, existem fatores contrários às cirurgias combinadas que também podem acabar com o sonho da silhueta ideal em um ato, como os riscos de tromboembolismo (distúrbio do sistema circulatório que ocorre quando há bloqueio do fluxo de sangue dentro de um vaso sanguíneo por um coágulo ou trombo), aumento de infecções, maior perda sanguínea, riscos anestésicos, além do próprio cansaço da equipe médica”, explica o especialista.

Diante desta situação, o mais indicado é realizar um procedimento por vez, já que cada cirurgia plástica é recheada de detalhes e peculiaridades. Entretanto, o desejo de associar diversas plásticas é livre. Por isso, pode-se fazer em conjunto os seguintes métodos: lipoaspiração com mamoplastia de aumento/redutora, lipoaspiração com rinoplastia, lipoaspiração com gluteoplastia de aumento e, até mesmo, abdominoplastia com mamoplastia de aumento/redutora. Como principais vantagens, esses procedimentos combinados têm o custo mais econômico e a necessidade de apenas uma anestesia e um pós-operatório.

Contudo, vale lembrar que não existe cirurgia plástica sem risco algum ao paciente. Por isso, toda e qualquer intervenção, seja ela única ou associada, deve ter uma indicação precisa e ser realizada em condições técnicas adequadas, pois só assim os riscos serão diminuídos e o resultado favorável.

Combinação proibida 

A realização da mamoplastia de aumento com a prótese glútea não é recomendada, pois pode criar uma situação inusitada, já que as orientações pós-operatórias se contradizema - na mamoplastia de aumento, a paciente é orientada a deitar em decúbito dorsal, enquanto na gluteoplastia de aumento por prótese, o indicado é que a ela deite em decúbito ventral (de bruços).

Independentemente do método a ser realizado, a primeira consulta é o momento certo para a paciente alertar o médico sobre os riscos de possíveis alergias, o uso de medicamentos ou de tratamentos de alguma patologia prévia, assim como sobre o entendimento de todos os seus sentimentos, vontades e desejos com relação às cirurgias plásticas que tem interesse em realizar.

“A partir de então, após o exame físico, o profissional deve ponderar o que é possível fazer tecnicamente e o que de fato é passível de atingir comparando ao anseio da paciente”, finaliza Márcio. 

Fonte: Agência Hélice
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