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Comum em cosméticos, álcool em excesso pode deixar pele seca

10 out 2012 - 08h05
(atualizado às 08h05)
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Com propriedades antissépticas poderosas, o álcool cetílico - figurinha carimbada das formulações de diversos produtos da indústria cosmética - pode ser um grande inimigo da pele. Isso porque é capaz de remover a camada de gordura que protege o tecido cutâneo, ressecar profundamente a pele e ainda provocar ferimentos e dermatites de contato (alergias) se for utilizado em concentrações inadequadas.

Apesar de suas propriedades antissépticas poderosas, o álcool pode ressecar a pele e ainda provocar ferimentos e alergias
Apesar de suas propriedades antissépticas poderosas, o álcool pode ressecar a pele e ainda provocar ferimentos e alergias
Foto: Shutterstock

Geralmente empregado para inibir o crescimento de micro-organismos (fungos e bactérias) e dar mais consistência a tônicos, cremes, emulsões, perfumes, loções pós-barba, xampus e condicionadores, o álcool - quando usado acima do limite permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) - facilita também a evaporação da água pelos poros, deixando o caminho livre para o acúmulo de impurezas e potencializando o aspecto ressecado da cútis.

“Com a umidade da pele abaixo dos níveis normais (20% a 35%), as camadas da derme entram em desequilíbrio, tornando a reposição de líquido ainda mais difícil”, afirma Jakelyne Evangelista, fisioterapeuta dermato-funcional da clinica Spapelle, de São Paulo. Como consequência, pode haver o desencadeamento de diversos sintomas, como prurido, queimação, sensação de estiramento, aspereza ao toque e até aumento de rugas e linhas de expressão.

Uma boa dica para fugir dessas desagradáveis surpresas ao usar qualquer produto rico em álcool é estar sempre atento em relação à concentração do ativo, pois cada tipo de cosmético apresenta um limite específico permitido pela ANVISA.  “Os níveis de concentrações do álcool cetílico variam de acordo com o tipo de veículo usado (cremes/loções/xampus) e também com a área a ser tratada (rosto/corpo/cabelos), o tipo de pele (oleosa/mista/seca) e o fototipo (colorações de pele)”, explica Fernando Passos de Freitas, dermatologista, especialista em Medicina Estética pela InternationaI Association of Aesthetic Medicine (AAM /ASIME).

Efeitos colaterais, o que fazer?

Como não há um único nível de concentração de álcool seguro que garanta a segurança de todos os usuários, o contato direto da pele com a substância pode desencadear efeitos colaterais, como o ressecamento da cútis e as dermatites em pessoas sensíveis à fórmula. Por isso, em casos de alergia ou irritação, o uso tópico do ativo deverá ser descontinuado imediatamente. Além disso, vale a pena uma consulta ao dermatologista para averiguar as possíveis lesões e encontrar uma alternativa ao produto utilizado.

Sem álcool

Para quem não deseja recorrer às propriedades do álcool, o mercado já oferece diversas opções de cosméticos que não apresentam o conservante em sua formulação e, por isso, diminuem consideravelmente as chances de alergias. “O único problema é que esse tipo de item, em geral, tende a durar menos tempo que os convencionais”, lembra Fernando.  

Fonte: Agência Hélice
Fonte: Terra
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