Grife holandesa reconfigura silhuetas do passado com sofisticação futurista
Coleção da grife holandesa apresenta uma teatralidade em códigos comuns e cada uma das peças ganha uma história própria na passarela
Quando a dupla holandesa Viktor Horsting (56) e Rolf Snoeren (56) se apresenta na semana de alta-costura, temos a certeza de presenciar algo grandioso e inovador. A Viktor & Rolf, afinal, possui histórico pautado no alto valor artístico de suas criações, que são repletas de exuberância e ironia que as tornam impossíveis de ser ignoradas.
O acontecimento da vez teve como base a ideia da influência da inteligência artificial em nossa vida. Com apenas três comandos — um trench coat bege, uma camisa branca, uma calça azul-marinho — e apenas um tipo de tecido — mais de 900 metros de gazar de seda da tradicional loja italiana Ruffo Coli — surgiram 24 looks que, apesar dos direcionamentos estéticos e técnicos em comum, possuíam seu próprio universo.
É impressionante como os estilistas conseguem reconfigurar uma ideia de maneiras distintas e essa capacidade ficou ainda mais evidente nesta coleção. Cada trench, camisa e calça contavam sua própria história.
Volumes, texturas, sobreposições, comprimentos, babados, laços e referências em silhuetas do passado tornam cada criação do duo holandês única e a transformação das referências-base da coleção não poderia ser imaginada nem pela I.A. mais sofisticada.
Isso porque Viktor e Rolf oferecem uma sensibilidade criativa que só os humanos mais talentosos são capazes de reproduzir. Aqui notamos que a teatralidade pode se manifestar nas referências mais comuns e, ainda que os códigos sejam os mesmos, temos na essência uma diversidade de silhuetas e possibilidades que fazem os estilistas se tornarem suas próprias versões de inteligência artificial.
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