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Alzheimer: saiba mais sobre a doença que afeta 1 milhão de brasileiros

No Dia Mundial do Alzheimer, neurologista explica sobre os sintomas, prevenção e tratamento dessa condição

21 set 2021 - 18h02
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Saiba mais sobre a doença
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Foto: Shutterstock / Alto Astral

Acometendo, principalmente, idosos com idade superior a 65 anos, a Doença de Alzheimer é uma demência que causa perda das funções cognitivas, como, por exemplo, a memória. Por essa razão, a patologia é conhecida, sobretudo, pelo esquecimento de nomes, situações e até mesmo atividades do cotidiano. 

Sua causa ainda não é conhecida pela medicina, portanto, não há cura para esse mal que acomete cerca de 1 milhão de brasileiros, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda de acordo com a entidade, os números são ainda mais alarmantes em nível mundial, chegando a quase 36 milhões, e com projeções de triplicar até 2050. 

Justamente por se tratar de uma condição tão recorrente, é fundamental manter a população informada acerca dos sintomas, prevenção e tratamento. Vale lembrar, inclusive, que após esse diagnóstico, toda a família passa a ter seus hábitos modificados, ou seja, sua tratativa é conjunta entre o paciente, médico e seus familiares. 

Hoje, no Dia Mundial do Alzheimer (21), celebrado para conscientizar a sociedade sobre esse mal, o Alto Astral conversou com o médico neurocirurgião Marcelo Valadares, que atual no Hospital Albert Eisten, para esclarecer as principais dúvidas sobre a doença, contemplando sua descoberta, formas de lidar e maneiras de tratá-la. Confira!

Alto Astral: Já existem causas conhecidas para a doença?

Marcelo Valadares: "Pessoas com Alzheimer têm um acúmulo de duas proteínas: a Beta-amiloide e a proteína Tau, que causam inflamação, desorganização e destruição das células. Mas, até o momento, a medicina ainda não descobriu o que realmente causa o Alzheimer e, por isso, a cura também não foi encontrada". 

AA: Quais são os principais sintomas?

MV: "A doença apresenta-se como demência ou perda de funções cognitivas

(memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais.

Alguns sintomas também podem acometer o paciente, como mudanças de comportamento, de humor e, até mesmo, sintomas psicológicos, como depressão e alucinações. É preciso, entretanto, que cada caso seja avaliado individualmente por um especialista". 

AA: A partir de qual idade o Alzheimer pode surgir? É necessário fazer um tratamento

preventivo?

MV: "Comumente, o Alzheimer se manifesta a partir dos 65 anos, porém pode acontecer também em outras idades. Embora seja raro, pode acometer, inclusive, pacientes jovens. Quanto ao tratamento preventivo, de forma geral, melhorias na qualidade de vida do idoso estão diretamente relacionadas com a prevenção de demências, principalmente do Alzheimer. Portanto, garantir a boa alimentação, evitar o sedentarismo, o consumo excessivo de álcool e o tabagismo são alguns dos hábitos citados em duas revisões de diversos estudos, divulgadas em 2020 pelas revistas científicas". 

AA: Em termos de tratamento, o que costuma ser indicado para o paciente e sua família?

MV: "O Alzheimer ainda é uma doença sem cura. Até o momento, existem medicações que visam atenuar os sintomas, gerando mais qualidade de vida ao paciente e seus familiares. Um novo medicamento foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA),

agência reguladora dos Estados Unidos, porém, ainda está em fase de estudos. Contudo, costumo dizer sempre que, em primeiro lugar, os pacientes precisam ter clareza da sua

condição de saúde, apoio, suporte e, se possível, o amor das pessoas que importam para eles." 

Fonte: Marcelo Valadares, médico neurocirurgião e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein, atua, principalmente na área de Neurocirurgia Funcional. 

Alto Astral
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