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BOLÍVIA

Aventura lembra filmes de Indiana Jones

Robson Fernadjes/AE
Lugares exóticos são destino ideal
para quem gosta de turismo ecológico
A viagem de La Paz até o interior da Floresta Amazônica boliviana é uma aventura no melhor estilo Indiana Jones. Para chegar a Rurrenabaque, cidade mais próxima da porção aberta ao turismo da floresta, localizada a 300 quilômetros da capital do país, pode-se ir de avião ou de ônibus. Pela estrada, o percurso é feito em 24 horas e a passagem custa US$ 12. Pelo ar, a viagem leva uma hora e o preço do bilhete aéreo é US$ 50. A TAM - Transporte Aéreo Militar -, companhia de propriedade do exército boliviano, faz o vôo. A bordo da aeronave, só turistas e de todas as partes do mundo.

A aterrissagem em Rurrenabaque, que tem cerca de 7 mil habitantes, ocorre em uma pista de grama. Quando chove, os pousos e decolagens são adiados até que a pista fique seca. O aeroporto da cidade - se é que se pode chamar de aeroporto um pequeno salão com capacidade para 50 pessoas - é uma prévia do que espera o visitante. As ruas não são asfaltadas e as calçadas das casas humildes, ocupadas em sua grande parte por vendedores ambulantes. O bom de lá é que as refeições - arroz, frango, salada e batata frita, por exemplo - são baratas. Custam, em média, US$ 4.

Os turistas ficam pouquíssimo tempo em Rurrenabaque. Depois do pernoite, bem cedinho, embarca-se em uma canoa rumo à selva. O passeio começa pelo Rio Beni, em meio a um frio intenso e a uma névoa densa. Nas margens do rio, grandes penhascos dão um ar assustador à viagem. Depois, segue-se pelo Rio Tuichi.

Encalhe - No período da seca, de junho a setembro, ainda há outro complicador. O nível do rio está baixo e a canoa encalha várias vezes. Mesmo assim, essa é a época do ano mais indicada para conhecer a região. No período chuvoso, há pouca visibilidade e as trilhas ficam escorregadias. Até chegar ao destino, são cinco horas a bordo da canoa.

Chegando lá, nada de descanso. Ainda é preciso fazer uma caminhada de 30 minutos dentro da mata até alcançar o Resort Ecológico Chalalán, único da região em condições de receber com conforto quem se arrisca nessa aventura.

O local comporta, hoje, 14 turistas - até o fim do mês, está prevista uma ampliação, aumentando a capacidade para 20 pessoas - e oferece segurança, além de banheiros limpos e camas confortáveis. Dois itens fundamentais, depois de um dia cansativo de passeios pela floresta.

Sons da mata - Quem estiver procurando sossego e silêncio no parque dará com os burros n'água. Isso porque parece que todas as noites os bichos que habitam a mata se reúnem para fazerem concertos ensurdecedores. Os sons da florestas às vezes assustam. Mas depois da primeira noite, você se acostuma e eles serão a trilha sonora perfeita para uma bela noite de sonhos. Ou então você estará tão cansado depois das caminhadas pela floresta que simplesmente dormirá sem sequer perceber o barulho.

O caminho de volta a Rurrenabaque é outra aventura. Os guias acordam todos os turistas antes do sol nascer. Todos tomam café e, de mochila nas costas, percorrem a trilha do albergue à canoa (30 minutos, lembre-se) às escuras.

Barulhos e movimentos de bichos na mata causam um desconforto geral entre os turistas. A viagem de barco dura cerca de três horas. Na cidade, pega-se o avião para La Paz, para a boa e velha civilização.

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O Estado de S.Paulo

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